A Covilhã deu, esta sexta-feira, o pontapé de saída para a primeira edição da Trienal Internacional de Design, um evento que pretende colocar a cidade no centro do debate sobre o impacto do design na sociedade contemporânea. Ao longo de toda a primavera, o design está presente em oito exposições distribuídas por 12 locais diferentes, transformando a cidade numa autêntica galeria a céu aberto.
Sob o tema “Paisagens Têxteis” e organizada pela Ideias Emergentes, a Trienal pretende afirmar a Covilhã como um polo criativo. “Cada exposição, cada painel de discussão, oficina ou workshop serão contextos para partilhas, reflexões e aprendizagens sobre o poder do design em operar transformações efetivas nos nossos mundos”, destacou Regina Gouveia, vereadora da cultura. Reforçou ainda que “o design da cidade e do concelho, da região, do país e do mundo está na Trienal”, não apenas para quem habita a cidade, mas também para quem nela trabalha e a visita.
A importância do evento foi também sublinhada por Alexandra Rodrigues, vice-presidente da CCDRC, que considera que a Trienal coloca “a região Centro no mapa na área do design” e transforma a Covilhã num “ponto de encontro entre passado e futuro” do setor. “Estão a abrir um espaço de reflexão e debate sobre o papel crucial do design na construção do nosso ambiente e identidade coletiva”, afirmou.
Américo Rodrigues, diretor-geral das Artes, sublinhou que “a Covilhã está a dar um sinal ao país de que a arte e a cultura podem estar no centro do desenvolvimento das cidades”. Também Anabela Freitas, vice-presidente do Turismo Centro de Portugal, destacou a ligação entre turismo e design, lembrando que “o turista hoje escolhe destinos que tenham uma ligação à comunidade local” e que a arte e a cultura são essenciais nesse processo.
A vice-reitora da Universidade da Beira Interior, Helena Alves, reforçou o papel da academia, afirmando que “estão criadas as condições para que isto possa dar frutos e mais frutos no futuro”. Destacou ainda a aposta da UBI no design, com formações em todos os ciclos de estudo, promovendo uma forte interação entre professores, estudantes e investigação.
Joaquim Pinheiro, diretor-geral da Ideias Emergentes, salientou a importância de realizar a Trienal num território de cultura têxtil, reforçando a identidade da Covilhã como um centro de inovação e criatividade.
Até 21 de junho, residências, exposições, visitas, palestras e conferências vão decorrer em vários espaços da cidade, como o Pavilhão da ANIL, o Museu de Lanifícios e o Teatro Municipal, num programa diversificado que promete impulsionar a Covilhã como polo de criatividade e design, com impacto duradouro na região.