O presidente da junta de freguesia de Alcongosta acredita que, este ano, a festa da cereja tenha chegado “às 60 mil pessoas”. O bom tempo e a melhor cereja jogaram a favor da edição deste ano, a que “mais dor de cabeça” trouxe ao autarca, em oito anos de organização do evento.
A edição de 2025 teve alguns percalços, desde logo a notícia, a duas semanas do certame, de que não poderiam contar com o habitual estacionamento à entrada da freguesia, a que se juntou, uma estrada que cedeu e obrigou à deslocação do palco para outro local da festa. “Foi um ano completamente atípico, pela questão do estacionamento e por esta questão de segurança”.
João Nuno trabalha já na procura de soluções para o próximo ano e que poderão passar pela aquisição de um terreno para estacionamento na aldeia e o alcatroamento do caminho do Vale “que está agora para concurso e que acredito que até final do mandato seja uma realidade, o que vai garantir o escoamento do transito na festa da cereja e beneficiar todas as quintas que estão mais a nascente da freguesia.”
O autarca falava à RCB no final da tarde de domingo, depois de ter feito o habitual périplo pelos expositores “e o que me têm estado a transmitir é que, no geral, foi um ano bom, tendo aqui a perspetiva que no ano passado foi um ano chuvoso”.
As cerejas saíram como água e foram vendidos mais de 1750 pasteis de cereja durante os três dias da festa. No restaurante a Cerejinha, que participa no evento desde o primeiro ano, Paulo Taborda também não teve razões de queixa, “este ano correu muito bem para toda a gente, a nível de cereja foi muito bom, embora se tivesse atrasado ainda houve muita cereja para a festa e de muito boa qualidade”. O estacionamento é o principal problema de que lhe falam os clientes que “vêm de longe, que de ano para ano repetem a visita e é um convívio muito bom.”
Sandra Ferreira, levou o seu artesanato à festa da cereja, como habitualmente, e notou uma quebra nas vendas, este ano, “houve muita gente, como todos os anos, é uma festa muito bonita e que eu gosto muito de fazer, mas este ano houve menos gente a comprar, eu noto que este ano as pessoas têm menos poder de compra”. Quanto a sugestões de melhorias para o futuro “mais animação de rua, durante o dia” e o regresso dos concertos ao local habitual, “acho que onde era habitualmente era mais benéfico para nós e para as pessoas que circulavam melhor”.
Na tasca do Levezinho, os produtos de cereja foram os que saíram mais, “licores de cereja, gelado de cereja e a sangria de cereja”, mas de uma forma geral “correu bem”. Os acessos à festa e o estacionamento são as melhorias que David Rodrigues enumera para melhorar a festa no futuro.