Este ano o Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, descentraliza a sua programação percorrendo várias localidades do país. A partir desta segunda-feira, 24 de abril, a “Odisseia Nacional” passa pelo concelho de Idanha-a-Nova onde se concretizam dois dos eixos programáticos da Odisseia Nacional: o Programa Peças, com a apresentação de Nau Nau Maria, no Centro Cultural Raiano, no dia 28 de abril, às 21h30; e o Programa Atos, que lança diversos desafios à participação da comunidade, durante a semana.
Nau Nau Maria, uma criação de Alice Azevedo, que também dirige o espetáculo, parte da adaptação da História Trágico-Marítima e propõe-se como uma viagem atribulada por esta que foi a mais magna desventura portuguesa. Com interpretação de Cire Ndiaye e João Nunes Monteiro e dramaturgia de Alice Azevedo, Cristina Carvalhal e Leonor Buescu, a peça, uma produção da Causas Comuns, é apresentada no âmbito do Próxima Cena, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II, do BPI e da Fundação “la Caixa”.
No final do espetáculo, Alice Azevedo e Luís Sousa Ferreira, da Direção Artística do Teatro Nacional D. Maria II, conversam com o público. A entrada é gratuita, limitada à lotação da sala, mediante reserva de bilhete através do telefone 277 202 900.
O programa Atos, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II e da Fundação Calouste Gulbenkian, ganha corpo com a realização de O caminho para “Terminal (O Estado do Mundo)”, que consiste numa profunda pesquisa ao longo do ano de 2023, sobre as dimensões da geopolítica, da economia, da sociologia ou da demografia, sob a perspetiva de como a crise climática afeta a compreensão que se tem do mundo. Explorando diferentes tipos de formatos, este projeto concebido e dirigido por Inês Barahona e Miguel Fragata, da Formiga Atómica, expõe o que une as pessoas neste frágil momento em que tudo parece estar em jogo.
A partir desta segunda-feira e até ao próximo sábado, 29 de abril, contribuindo para a pesquisa em curso, a comunidade de Idanha‑a-Nova será desafiada a participar ou interagir em peças de teatro de pequeno porte em espaços públicos não convencionais, numa emissão radiofónica, num filme documental (apresentado no dia 29, no Centro Cultural Raiano, às 18h00), numa conversa sobre sustentabilidade e as escolhas individuais e ainda num estudo sociológico.