A associação de municípios da Cova da Beira promoveu em Belmonte a apresentação dos vários planos de fogo controlado dos formandos de um curso ministrado nessa área e que foi promovido no âmbito do projecto “Biofronteira” e que foi financiado pelo programa Interreg entre Portugal e Espanha.
A iniciativa foi desenvolvida pela associação de municípios, pela diputacion de Salamanca e pela fundação “Natureza e Homem” permitiu desenvolver diversas actividades na zona da raia com especial destaque para esta formação, com uma duração de 120 horas, e que permitiu credenciar 18 técnicos locais com a capacidade de prescrição de acções de fogo controlado para prevenção de incêndios florestais na região das Beiras e Serra da Estrela.
De acordo com a associação, esta iniciativa pretendeu “dar resposta às necessidades dos agentes locais e capacitar os municípios nomeadamente os técnicos das autarquias para a prescrição de fogo controlado, que é uma importante ferramenta da silvicultura preventiva, que consiste no uso do fogo sob condições, normas e procedimentos previamente definidos no plano de fogo controlado”.
A AMCB sublinha que “o uso de fogo em condições atmosféricas favoráveis permite, com menos custos, alcançar objetivos extremamente importantes nas explorações silvícolas, silvopastoris, cinegéticas bem como no processo evolutivo dos ecossistemas, considerado por peritos como uma técnica, de relevante importância na prevenção de incêndios, diminuindo a área percorrida anualmente devido à redução das cargas de combustíveis florestais”.
Para o secretário geral da associação de municípios esta formação “é fundamental munir os técnicos de ferramentas importantes e muitas vezes decisivas, no combate a incêndios”. José Manuel Biscaia acrescenta que “estas intervenções de fogo controlado no território enquadram-se num planeamento municipal e vão permitir reduzir a carga de combustível existente e criar descontinuidades na vegetação, aumentando desta forma a resiliência do território à propagação de incêndios rurais”.