Annabel Fernandes, investigadora da unidade “FibEnTech” da universidade da Beira Interior está a desenvolver uma investigação que pretende propor um sistema bioeletroquímico capaz de purificar efluentes vitivinícolas e, ao mesmo tempo, gerar energia renovável na forma de hidrogénio.
O “Wine4H2” foi um dos projectos aprovados no último concurso de financiamento em todos os domínios científicos da fundação para a ciência e a tecnologia, e pretende “utilizar uma célula de eletrólise microbiana formada por um consórcio microbiano anaeróbio” refere a instituição em comunicado.
O resultado esperado “é a produção de hidrogénio a partir da oxidação bioeletroquímica de efluentes vitivinícolas, o que vai contribuir para o desenvolvimento de uma solução energética amiga do ambiente”. Além disso, o trabalho também pretende mitigar os problemas ambientais causados pelos efluentes vitivinícolas, contribuindo para os objectivos de desenvolvimento sustentável.
O financiamento atribuído pela FCT vai permitir a construção de um protótipo laboratorial para a sua implementação e com essa tecnologia, será possível utilizar os resíduos da produção de vinho para gerar energia limpa, contribuindo para a redução da pegada de carbono da indústria vitivinícola.