Uma programação que resulta da avaliação de mais de 460 propostas, oriundas de oito países, o que “confirma o interesse e a adesão a este projeto que contribui para a dinamização das artes de espetáculo”. Disse, na sessão de abertura, José Alexandre Barata.
Mas nem só de espetáculos vive a Feira Ibérica, que ontem debateu a organização setorial e o associativismo e, amanhã, analisa as estratégias de captação de públicos com profissionais de Portugal e Espanha.
Para a ESTE, entidade promotora do evento, esta quarta edição é “um exemplo maior de consolidação de um projeto de verdadeira cooperação ibérica através das artes do espetáculo”.
Na sessão oficial de abertura do certame, foram entregues os primeiros Prémios Ibéricos, que passarão a fazer parte de próximas edições da Feira Ibérica de Teatro. Simbolicamente, este ano, foram partilhados com todos os que estiveram, desde o primeiro momento, neste “abraço ibérico”.
Paulo Fernandes, presidente da Câmara Municipal do Fundão, salientou o carater inovador do evento “que, a muitos níveis, era mais inovador no contexto português.” Acrescentado que “este tipo de eventos em Portugal, não sendo inéditos, são uma nova geração de trabalharmos e fomentarmos as artes cénicas que lhe estão associadas.”
Em representação do Ministro da Cultura, o Diretor Geral das Artes, Américo Rodrigues, disse que o evento vai ao encontro da estratégia da tutela dando prioridade às redes de cooperação de teatro, a que pertencem agora 88 equipamentos, espalhados pelo país, num verdadeiro processo de democracia cultural.”
Por outro lado, Espanha foi definida, “no âmbito da ação cultural externa, como uma prioridade da internacionalização da cultura portuguesa.”
Do programa da Feira Ibérica de Teatro, esta quinta-feira, faz parte a peça da ESTE “O céu não lhes responde” que sobe ao palco do Octógono às 12h, “Kontrol Freak” de Kuku Orr, de Israel, às 17h, no auditório da Moagem, “Une partie de Soi, de O Último Momento e “Júlio César”, pela Companhia Chapitô às 21h 45m, no pavilhão multiusos.