O primeiro presidente da academia portuguesa de fibromialgia compromete-se a defender o carácter neurológico da doença. A ideia foi deixada por José Luís Gil na cerimónia de apresentação pública desta entidade que decorreu nas instalações da mutualista covilhanense.
Em comunicado, o presidente da academia afirma que a criação deste organismo representa “um grande dia” uma vez que “era uma ideia há muito sonhada e que finalmente se transforma em realidade; a criação de um instrumento pedagógico-documental de defesa das pessoas que sofrem de fibromialgia”. Esta academia “nasceu com a vocação de ser uma sociedade científica onde se vão reunir académicos que, com dedicação, rigor científico e correção metodológica, aprofundam o estudo do conhecimento desta patologia com o objectivo de tratar e ajudar as pessoas que sofrem com esta enfermidade”.
A nova academia, que tem a sua sede instalada na associação de diabéticos da Serra da Estrela, vai criar um centro pedagógico e documental e também um arquivo para reunir todas as informações dispersas pelo mundo que versem sobre a fibromialgia, a síndrome de sensibilidade central e a dor crónica”.
José Luís Gil é também o director fundador da unidade de fibromialgia da mutualista covilhanense e é professor da faculdade de ciências da saúde da universidade da Beira Interior. Ao longo do primeiro ano e meio de actividade na unidade da mutualista já foram realizadas cerca de 1500 consultas, com mais de 80% de casos de “êxito total” no tratamento da doença.
Em relação aos órgãos sociais da academia, Nélson Silva é o primeiro presidente da mesa da assembleia geral e Vasco Lino preside ao conselho fiscal.