O alerta é feito, em comunicado, pela união de sindicatos que dá nota de que o actual juiz presidente da comarca de Castelo Branco admitiu que a estrutura pode vir a ser deslocalizada.
A união de sindicatos de Castelo Branco recorda que o tribunal de trabalho da Covilhã se encontra instalado “de forma provisória, há largos anos, e em paupérrimas condições e aguarda-se, há demasiado tempo, a sua instalação na antiga casa de função dos magistrados”, junto ao tribunal da Covilhã “sem que haja respostas do poder político” nomeadamente do ministério da justiça e da câmara municipal.
A estrutura sindical acrescenta que o actual juiz presidente da comarca judicial de Castelo Branco “já alertou que o tribunal de trabalho da Covilhã pode ser deslocalizado caso a câmara municipal não tome as devidas providencias para que este funcione com a dignidade que merece”.
A USCB refere que o processo se tem vindo a arrastar desde 2020 e recorda que em Maio deste ano, a câmara municipal “em vez de realizar as obras há muito desejadas para que a transferência do tribunal de trabalho se realizasse, cedeu parte da casa dos magistrados à delegação da Covilhã da ordem dos advogados e mais nada fez”.
Em face do alerta efectuado pelo juiz presidente da comarca judicial de Castelo Branco a união de sindicatos afirma que vai pedir novamente esclarecimentos ao ministério da justiça sobre a transferência do tribunal de trabalho e solicitar reuniões ao presidente da câmara da Covilhã, ao sindicato dos magistrados do Ministério Público e à delegação da Covilhã da ordem dos advogados.
Caso até Setembro/Outubro não exista qualquer resposta, a união de sindicatos anuncia que vai levar por diante levaremos uma acção pública em frente ao tribunal da Covilhã assim como se vai deslocar a uma reunião pública do executivo e à Assembleia Municipal, afirmando que “a Covilhã não pode perder mais serviços públicos” e “depois da perda de valências no tribunal judicial, não pode perder o tribunal de trabalho que tem décadas de existência”.