Um ano depois do grande incêndio da Serra da Estrela, a maioria das medidas aprovadas pelo Governo não estão implementadas, os proprietários lesados “continuam à espera dos apoios prometidos e as câmaras municipais não fazem o trabalho necessário de infraestruturas, denuncia a direção regional de Castelo Branco do PCP.
Em nota enviada aos órgãos de comunicação social, a DORCB do Partido Comunista Português recorda o anúncio feito no final de dezembro de 2022, pelo ministério da Coesão Territorial: “os municípios afetados por incêndios rurais em agosto deste ano já receberam 3,4 milhões de euros de adiantamento por prejuízos, o que corresponde a 57% do total previsto de seis milhões”.
Um montante direcionado à reparação de vias e arruamentos, equipamentos de segurança rodoviária, edifícios e construções municipais, equipamento urbano complementar e de lazer, e infraestruturas de saneamento básico.
Porém, afirmam os comunistas, no concelho da Covilhã, é pouco ou nada visível, no terreno, facto comprovado nas Jornadas Parlamentares do PCP, no passado mês de junho, sobre a temática da Serra da Estrela
“Os problemas causados pelos incêndios persistem. De planos de Cogestão, passa-se para planos de ordenamento, deixando no meio planos de revitalização…planos..planos …anunciam-se milhões e aos bolsos dos proprietários lesados nem tostões”, acrescentando que “os proprietários, envolvidos num processo burocrático de candidaturas ainda nada receberam”.
“Um ano após os incêndios e após promessas de intervenção do governo com milhões ficam os prejuízos, a ausência de ações no terreno e proprietários lesados sem os apoios necessários”, acusa o PCP.
Para os comunistas, é necessário e urgente intervir na rede viária florestal, retirar o material lenhoso queimado, sustentar encostas e arribas, limpar linhas de água, proceder à plantação e ordenamento da floresta, executar a rede primária de faixas de gestão de combustível…
“É urgente fazer chegar os apoios aos proprietários lesados pelo incêndio de agosto de 2022”, conclui.