Até final do ano, a Câmara Municipal de Penamacor vai abrir vagas para 28 postos de trabalho na autarquia, procedimento que não era feito há cerca de 12 anos. Para oposição houve uma “falha” na política de rejuvenescimento de recursos humanos, o chefe do executivo diz que este é o “timing ideal”.
Foi aprovada esta sexta-feira, na reunião do executivo de Penamacor, a abertura do procedimento concursal comum para preencher 28 postos de trabalho, que de momento não estão ocupados no quadro de pessoal. Nomeadamente para “técnicos superiores, técnicos de informática, assistentes técnicos e assistentes operacionais”, com ou sem vínculo de emprego público.
De acordo com o vereador da bancada socialista, José António Ramos, estas “não são a totalidade das vagas que estavam no mapa de pessoal”, estando prevista a abertura de um novo pacote de recrutamento no primeiro trimestre de 2024.
José António Ramos lembrou que “há cerca de 12 anos não é feita a abertura de um concurso externo para o preenchimento de vagas no quadro da Câmara Municipal”, considerando que “é chegada a altura”, já que a falta de recursos humanos “tem sido um dos motivos para que, por vezes, as coisas não tenham funcionado tão bem como o desejável”.
Apesar de considerar a medida “uma boa notícia para a capacidade de resposta da Câmara e para a satisfação de necessidades” dos munícipes, o vereador da oposição, Anselmo Cunha, diz que 12 anos sem abrir este procedimento revela uma “falha na política de rejuvenescimento de recursos humanos” da autarquia, “com efeitos na componente técnica”.
Em resposta, o presidente do executivo, António Beites, explica que, durante estes anos, a Câmara já procedeu à integração de trabalhadores precários e por via de mobilidade. Agora é o “timing ideal” para abrir o procedimento concursal comum, e explica porquê.
“Parte do nosso quadro, na larga maioria, entrou neste município na década de 80 e estamos nesta fase, nestes últimos dois anos e nos próximos dois, em que a sua larga maioria está a atingir o limite para a aposentação, ou seja, é de facto nesta altura que começamos a sentir algumas dificuldades. Aliado a isto, temos que ter a noção que só agora existiu a transferência de competências, o que nos obriga a ter mais recursos humanos”, esclareceu António Beites, convicto de que, com os dois pacotes de recrutamento, “o presente” e o futuro “dos próximos dois anos estão salvaguardados”.
Na reunião ordinária do executivo foi ainda aprovado o recrutamento por recurso à mobilidade entre órgãos e serviços, para ocupar três postos de trabalho. Dois para técnicos superiores nas áreas da economia ou gestão de empresas; dois para assistentes operacionais de serviços gerais e um para serviços sociais. A apresentação de candidaturas deve ser feita no prazo de 10 dias úteis.