Há muito que não se via no estádio Santos Pinto, um jogo tão emocionante, como épico, que deu sete golos e uma vitória justa do Sp. Covilhã, que esteve a perder por duas vezes (0-2 e 1-3), alcançando, com raça, determinação e capacidade de sofrimento, três preciosos pontos na luta pelos primeiros 4 lugares da tabela (à condição até é líder da Série B).
Perante um adversário também de qualidade, os serranos entraram a todo o gás, e nos primeiros 15’, tiveram duas excelentes oportunidades de marcar. Traquina, Elijah e Gildo (estes na mesma jogada), falharam. Mesmo sem merecer, o Caldas, em contra-ataque, foi duas vezes à baliza de João Gonçalo e marcou dois golos, por intermédio de Eduardo Monteiro (lance de bola parada) e Miguel Rebelo, aos 20’ e 28’, respectivamente. Eficácia tremenda da equipa de José Vala. Quem não marca…
No segundo tempo, independentemente das más condições climatéricas, o conjunto de Alex Costa realizou uma exibição portentosa, de qualidade, de superação, e acreditou sempre que poderia vencer o encontro.
As mexidas feitas ajudaram, com destaque para o avançado Francisco Cardoso que entrou no início da 2ª parte e marcou logo aos 48’. O clube serrano dominou, controlou, utilizando futebol directo, e deu frutos, apesar do terceiro golo sofrido aos 61’ por Lucas Vilela. A equipa da casa não esmoreceu, e foi à procura da felicidade. Aos 77’ (Paulo Campos), 81’ (Elijah) e 90’+4) por Francisco Cardoso, deram a vitória ao Sp. Covilhã, num jogo impressionante e bem disputado, e onde, adeptos, sócios e equipa, vibraram bastante, com a reviravolta conseguida.
Fantástica vitória do Sp. Covilhã, que foi dedicada ao presidente do clube, que passa actualmente por momentos menos bons em termos de saúde, e a um dos seus vice-presidentes, que está de luto, pelo falecimento de um familiar muito próximo.
O elo mais fraco foi Tiago Neves. O árbitro da Madeira, é verdade que os leões da serra até venceram, errou muito, disciplinarmente e tecnicamente. Os covilhanenses ficaram com razões de queixa.