O Sindicato dos Trabalhadores do Sector Têxtil da Beira Baixa vem denunciar, em comunicado, o “terrorismo laboral” praticado pela chefia da empresa de confeções UNIDECO, sediada em Penamacor. Em causa está o assédio moral exercida sobre os trabalhadores e ainda o atraso no pagamento de salários, que motiva a ameaça de greve.
Em nota, o sindicato acusa a chefe de linha da UNIDECO de “desrespeito completo” pelas trabalhadoras, uma vez que esta “usa e abusa” do seu poder “para maltratar, desrespeitar, pressionar” as funcionárias.
De acordo com a estrutura sindical, a dirigente do serviço diz “asneiras constantemente no meio da linha”; “chama os trabalhadores para uma sala sozinhos para fazer pressão e ameaça-los”, muitas vezes “com processos disciplinares”, e refere “constantemente às trabalhadoras para se despedirem”.
Uma situação de “terrorismo laboral”, refere o sindicato têxtil, onde os funcionários “sofrem de uma pressão extrema”, já tendo até recorrido “à intervenção da GNR devido aos maus-tratos dentro da empresa” e à denúncia de assédio moral junto da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
Quanto aos salários e subsídios, estes são pagos “sempre com atraso”, denuncia o sindicato. Como exemplo está o salário de outubro que só foi pago depois do dia 20 de novembro; o subsídio de férias e de natal do ano anterior que “foi pago em prestações de 80 euros” até outubro de 2023; e ainda o salário deste mês de novembro e o subsídio de natal que ao dia de hoje, 18 de dezembro, não foram pagos.
A isto acresce o facto de a empresa não pagar “as horas de ida ao médico corretamente”; alterar “constantemente as férias dos trabalhadores”; bem como “mandar os funcionários para casa” quando o trabalho é pouco e querer “retirar esses dias das férias”.
Uma situação que para o sindicato têxtil da beira baixa “não pode continuar” ameaçando entrar em greve no dia 27 de dezembro se as trabalhadoras “não tiverem liquidado o salário de novembro e o subsídio de natal” até ao dia anterior (26).
A RCB contactou a UNIDECO, mas de momento, não estava nenhum elemento da administração que pudesse prestar declarações.