A informação foi deixada por Jorge Gaspar, ontem, na assembleia geral da Misericórdia que aprovou, por unanimidade, o plano e orçamento da instituição para o próximo ano, no valor de cerca de 9 milhões e 580 mil euros, na despesa, e 9 milhões e 941 mil euros na receita, prevendo, assim, um resultado positivo superior a 360 mil euros.
2024 será um ano “desafiante” para a Misericórdia do Fundão que terá em mãos a ampliação e a requalificação da creche, aumentando a sua capacidade de 86 para 102 crianças, a transformação do velho, no novo lar da misericórdia, aumentando a capacidade de 86 para 100 utentes, a criação de 18 residências temporárias, destinadas a pessoas e famílias em situação de emergência social, e o Bairro de Sta. Isabel que a Misericórdia vai transformar num projeto de habitação colaborativa, como explica o provedor Jorge Gaspar.
“Passa pela requalificação de todas as casas existentes e pela construção de mais quatro casas idênticas às existentes e pela construção do edifício de apoio e arranjo de todo o exterior.” Trata-se de um projeto no âmbito do PRR, “o financiamento comparticipado e elegível é de 1 milhão 177 mil euros, prevê-se que as obras custem cerca de 1 milhão 277 mil, também prevemos que o programa seja majorado em 20%, como para a creche, e se assim for, teremos o projeto totalmente comparticipado pelo PRR.”
O projeto do Bairro de Santa Isabel, apresentado na assembleia geral aos Irmãos, tem um público alvo, “destina-se a idosos com autonomia ou com um grau de dependência baixo, no fundo é criar uma comunidade colaborativa naquelas 18 casas, que terão um edifício de apoio para o desenvolvimento de atividades, onde haverá uma horta comunitária e jardins.”
A assembleia geral da Misericórdia aprovou ainda, por unanimidade, a contração de um empréstimo, no valor de 117 mil euros, “destina-se a financiar, parcialmente, as obras de adaptação do Seminário do Verbo Divino, para onde tivemos de mudar os utentes do lar da misericórdia, enquanto são realizadas as obras do novo edifício, especificamente, a aquisição de todo o sistema de aquecimento que tivemos de instalar.”
Segundo Jorge Gaspar, depois de concretizados todos os investimentos previstos, a Santa Casa da Misericórdia do Fundão deverá chegar ao meio milhar de funcionários, tornando-se a maior empregadora do concelho.
“Neste momento temos 364 funcionários e prevejo que após a conclusão de todos estes equipamentos, estejamos, senão nos 500 funcionários, muito próximos”.
Segundo Jorge Gaspar, a Santa Casa do Fundão é já uma das 10 maiores misericórdias do país, pelo peso da dimensão social que tem na comunidade e pela sua diversidade de valências.