Daniel Gil diz que a junta de freguesia do Castelejo “não está a funcionar nas condições que devia”. Com a ausência do presidente e do secretário por motivos de saúde, a gestão da junta de freguesia “não resulta apenas com um elemento”. Além disso, Daniel Gil está descontente com algumas situações e deixa como por exemplo “o facto da junta não respeitar algumas deliberações tomadas pela assembleia”.
A demissão do tesoureiro apanhou de surpresa o presidente da junta. A recuperar de uma pequena intervenção cirúrgica, António Martins nega que a autarquia esteja “ingovernável”. Para o autarca tudo não passa de uma “tempestade num copo de água”. Parte da “tempestade” foi provocada por um empréstimo que a junta pretende contrair no valor próximo dos 8 mil euros para pagar a parte que lhe compete de um projecto aprovado no âmbito do Leader Mais. O empréstimo e a substituição de Daniel Gil serão dois dos assuntos a tratar na assembleia de freguesia extraordinária marcada para o próximo dia 21 a pedido da bancada do Partido Socialista que quer ver esclarecida a situação financeira do executivo.
Na última reunião pública da câmara municipal do Fundão a líder da bancada do PS levantou o assunto. Para Conceição Martins a “situação é grave” uma vez que a demissão de Daniel Gil, a ausência do presidente e do secretário e a não aprovação das contas de gerência de 2006 estão a prejudicar as populações que necessitam dos serviços da junta.
Uma denúncia que levou a junta de freguesia do Castelejo a emitir um comunicado onde esclarece que “as contas de gerência de 2006 foram aprovadas por maioria” na assembleia de freguesia de Abril e que “não é verdade que os cidadãos da freguesia não possam ter obtido provas de vida” uma vez que a junta garante ainda o documento “funciona diariamente das 9h às 17h”.