As unidades locais de saúde (ULS) da Cova da Beira, Guarda e Castelo Branco vão deixar de realizar cirurgias ao cancro da mama a partir do dia 1 de abril. Resultado da deliberação do SNS que altera a rede de referenciação para a cirurgia da neoplasia da mama e que abrange mais quatro ULS no país.
Ao todo, são sete as unidades locais de saúde em Portugal que, a partir de abril, vão deixar de realizar cirurgias ao cancro da mama.
A deliberação do SNS foi divulgada esta quinta-feira pelo jornal Público, onde a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde explica que o tratamento cirúrgico do cancro da mama se “deve restringir a instituições que realizem pelo menos cem cirurgias por ano e tenham pelo menos dois cirurgiões dedicados” à especialidade.
Assim, as unidades locais de saúde da Cova da Beira, da Guarda e de Castelo Branco vão encerrar essa atividade cirúrgica, sendo que os doentes terão de ser encaminhados para a ULS de Coimbra ou IPO de Coimbra, nos três casos.
Apesar do encerramento das cirurgias no âmbito do cancro da mama, as unidades locais de saúde mantêm as consultas oncológicas.
A direção executiva do SNS refere, na deliberação, que o objetivo é garantir que as intervenções cirúrgicas passam a ser feitas num conjunto mais restrito de hospitais que concentrem “um volume mínimo de atividade que confira experiência, qualidade e segurança às intervenções, de forma a trazer equidade às utentes nas várias regiões do país”.