Ainda não foi desta que os serranos venceram na fase de subida, na Liga 3. Ficaram a dever a si próprios e a Elijah, em particular, a vitória, tal foi o desperdício do avançado. O Sp. Covilhã estreou um novo treinador (Francisco Chaló), com um empate. Foi um bom jogo de futebol, aberto e muito disputado entre dois clubes históricos do futebol português.
Em pleno Santos Pinto (boa moldura humana), os leões da serra entraram fortes e, nos primeiros momentos, Elijah Benedict e Renato Soares assustaram a defesa do Varzim com dois remates perigosos. Aos 9′, excelente oportunidade para os da casa inaugurarem o marcador.
João Vasco permitiu a defesa de Ricardo Nunes na conversão de uma grande penalidade.
Na recarga, Michel Camargos atirou para fora.
Os poveiros equilibraram e, sobretudo através de bolas paradas, tentaram incomodar o guardião adversário.
Perto do intervalo (41′), o Varzim colocou-se na frente através de um extraordinário disparo de Joãozinho, que respondeu, de primeira, a um cruzamento perfeito de Sangaré.
Primeira nota de eficácia poveira na partida.
No segundo tempo, surgiu o golo da igualdade, aos 48′, através de um cabeceamento de Nuno Tomás, na pequena área, após livre lateral cobrado por Figueiredo.
A partida estava relançada e lutou-se muito, até final.
Aos 55′, os covilhanenses podiam ter feito a reviravolta. Desacerto total de Elijah Benedict, que, isolado por Renato Soares, rematou ao lado da baliza de Ricardo Nunes. Aos 65′, novamente o nigeriano a revelar-se perdulário, ao cabecear por cima da barra em zona frontal, após cruzamento de Traquina.
Quem não marca, sofre – segundo momento de eficácia do Varzim.
Sangaré (melhor em campo para a FPF, duas assistências para golo) recebe um passe de Léo, pela direita, que fugiu a Nuno Tomás na direita, que junto à linha de fundo, cruzou atrasado, e Paulo Moreira, sem oposição, atirou para o fundo das redes de Makaridze.
Os serranos não desistiram e chegaram ao empate, aos 83′, por intermédio do recém entrado Diogo Ferreira, que cruzou para a área e viu a bola, caprichosamente, entrar na baliza poveira. Lance que apenas o VAR viria a confirmar a igualdade, após sinal de fora-de-jogo, dada pelo assistente.
Aceita-se o empate, mas a haver um vencedor, esse seria o Sp. Covilhã.
Boa arbitragem de Humberto Teixeira da AF Porto.
Com este resultado, as duas equipas mantêm-se nos últimos dois lugares da tabela classificativa, com 4 pontos.
O Campeonato da Liga 3, regressa no fim de semana de Páscoa.
Sábado, 30 de março, às 19h30, os serranos deslocam-se a Felgueiras (última jornada da 1ª volta – 7ª).
Relato na RCB.
Na próxima quinta-feira, 21 de março, de manhã, o Sp. Covilhã realiza um jogo de preparação em Castelo Branco, frente ao Benfica local.
Declarações dos treinadores:
Sp. Covilhã (Francisco Chaló): “Perdemos dois pontos em casa. Dominamos durante 22′, na qual tivemos enorme qualidade. Entrámos muito fortes, muito activos e proactivos, onde tivemos as melhores oportunidades de golo, incluindo um penalti falhado e merecíamos a vitória, frente um adversário difícil, mas muito eficaz. Gostei muito da postura dos meus jogadores em campo. Ganhar jogos é possível, esta é a mensagem. Eu acredito muito neles e vamos continuar a trabalhar e a jogar sem pressão. Será sempre, jogo a jogo. Bem hajam aos adeptos e sócios pelo apoio dado aos jogadores e à minha pessoa. Não há vitórias morais. Nesta altura da época, voltar a treinar, só mesmo aqui, no Sp. Covilhã. Não vim em serviço de missão, vim, porque acredito muito que podemos fazer mais e melhor. Matematicamente ainda é possível”.
Varzim SC (Vítor Paneira): ” Foi um bom jogo, teve 4 golos. Entrámos mal na partida, onde não estivemos bem nos primeiros dez minutos. Oferecemos duas oportunidades de golo ao adversário, uma delas de grande penalidade. Foi complicado. Depois equilibramos, tivemos bola, conseguimos controlar e marcar um golo. No segundo tempo, houve muita atitude competitiva das duas equipas, mais dois golos e divisão de pontos. Merecíamos mais qualquer coisa. Agradecemos, em nome do Varzim, pela forma como fomos tratados e recebidos pela direção do Sp. Covilhã e pelo gesto que teve em oferecermos o lanche no final do jogo. Isto sim, é dignificar o futebol, feito por um clube com tradições e que sabe receber. Muito obrigado”.