Depois de, na semana passada, o Partido Socialista ter colocado, no Fundão, um cartaz com a cara da deputada eleita pelo distrito de Castelo Branco pela Aliança Democrática, por ter votado contra a abolição das portagens, Liliana Reis reagiu. A deputada da AD fala em “hipocrisia” e “oportunismo político” e diz que “este tipo de ataque” diz mais sobre os que o praticam do que a sua posição na vida política.
É na entrada norte do Fundão, na EN 18 com o cruzamento para a avenida Eugénio de Andrade, que a cara de Liliana Reis aparece em grande plano num cartaz da autoria do Partido Socialista. É apresentada como “a deputada que votou contra a abolição das portagens” e nele constam alguns compromissos da deputada social democrata durante a campanha eleitoral, nomeadamente em declarações à RCB, sobre a reposição das antigas SCUTS.
Liliana Reis usou a sua página pessoal nas redes sociais para se pronunciar, referindo que “este tipo de ataque “ad hominem”, com o qual” tem sido confrontada “desde o primeiro dia da apresentação da candidatura”, atira, “diz muito mais daqueles que o praticam” do que da sua “posição na vida pública e política”.
A deputada afirma ainda que o secretário-geral do PS lhe “manifestou” a sua “desaprovação” relativamente à conduta da concelhia do Fundão, “o que não se traduziu no compromisso de retirada do referido outdoor”, pode ler-se.
Liliana Reis salienta que, como é conhecido publicamente, “alguns deputados do interior consideram que a abolição de portagens deverá ser concretizada e, por isso, foi imposta disciplina de voto”, sendo que os referidos deputados apresentaram “uma declaração de voto”.
Na nota, a deputada pela AD aproveitou para destacar a “hipocrisia”, o “cinismo” e o “oportunismo político” do Partido Socialista, uma vez que foram incapazes “de votar favoravelmente as propostas sucessivas de redução gradual e eliminação das portagens enquanto foi governo”, não contemplando o assunto no Orçamento do Estado em 2023.