De visita, esta manhã, ao Centro de Migrações do Fundão que acompanha um total de 270 migrantes, 140 dentro das instalações do Seminário do Fundão, Catarina Martins disse que este é um bom exemplo de como se devem discutir, em Portugal e na Europa, os problemas da imigração.
“Em relação à imigração, que usemos sobretudo a palavra integração, investimento na integração. Que as pessoas possam aprender a língua e tenham acesso a aulas, que as pessoas possam trabalhar, com direitos, e serem respeitadas, que as pessoas tenham o acolhimento, e este é o projeto que há aqui.”
Se essa integração é possível num concelho pequeno, onde existem 74 nacionalidades diferentes, “se é possível que isto signifique solução, mais população, mais desenvolvimento na região, pensamos que o podemos fazer, se quisermos, em todo o país.”
Sobre a política europeia de imigração, o BE defende “que haja caminhos de entrada seguros. O Mediterrâneo é a fronteira mais mortífera do mundo e isso devia envergonhar-nos.”
Catarina Martins deixou o testemunho que acabara de ouvir a um dos imigrantes “há pouco falei com uma pessoa que passou um ano num daqueles campos de detenção para refugiados, à espera de ter uma vida, a alegria daquele homem é extraordinária, é disso que nós precisamos.”
Catarina Martins foi acompanhada da Coordenadora Nacional do BE, Mariana Mortágua, sublinhou o “bom exemplo de acolhimento e integração de imigrantes” que existe no Fundão, um município que “está a dar uma lição ao país”.