O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai liderar um projeto que visa promover o envelhecimento saudável em regiões de baixa densidade populacional de Portugal e Espanha. Denominado “SER65+”, o projeto vai envolver 200 idosos da Extremadura e da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, num modelo de intervenção para prevenir o declínio funcional.
Com uma dotação de 1,2 milhões de euros, cofinanciado pela União Europeia, o “SER65+” tem a duração de três anos, e pela primeira vez, vai permitir aplicar as metodologias do Programa de Atenção Integrada para a Pessoa Idosa, da Organização Mundial de Saúde, nas regiões selecionadas.
O projeto pretende criar um ecossistema digital, composta por uma aplicação móvel (app) que vai monitorizar a autonomia funcional dos idosos ao longo do tempo, e por uma plataforma online que vai incorporar a informação recolhida pela app e disponibilizá-la aos envolvidos na prestação e apoio aos idosos. A partir dessa informação, serão criados planos de ação e estratégias de intervenção no terreno.
A investigadora e coordenadora do “SER65+” explica que serão avaliados “parâmetros funcionais, de saúde e de qualidade de vida”, assim como “a proposta de criação de serviços com novos cuidados que previnam o declínio funcional”.
O projeto envolve uma colaboração estreita entre várias entidades, incluindo a Unidade Local de Saúde da Guarda, a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, e várias instituições da Extremadura, como a Fundação Formação e Investigação dos Profissionais de Saúde e a Universidade da Extremadura.
Joaquim Brigas, presidente do IPG, reforçou o compromisso do Politécnico da Guarda com o envelhecimento saudável, sublinhando que esta é uma área “prioritária” para a instituição, juntamente com tecnologias para a logística, biotecnologia, energias renováveis e processos de descarbonização.