O município do Fundão tem previsto investir cerca de 700 mil euros para melhorias estruturais em escolas de primeiro ciclo do concelho. Nas próximas semanas está também programada a assinatura com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) para requalificação de equipamentos na escola Serra da Gardunha.
A assinatura era para ter sido feita na passada sexta-feira, 21 de junho, mas conforme avançou o presidente da Câmara nesse mesmo dia, em reunião de executivo, o processo ainda não estava “totalmente” fechado, pelo que o contrato para requalificar os equipamentos da escola Serra da Gardunha, no valor de 3 milhões de euros, deverá ser firmado “no prazo de duas semanas, no máximo três”, apontou o edil.
E “porque houve um reforço das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para que todos os investimentos das escolas pudessem ser abrangidos”, afirmou Paulo Fernandes, o município vai assinar “mais tarde” o contrato que diz respeito à escola EB2/3 de Silvares, cuja candidatura “ainda não teve sequer análise” e rondará os 4,5 milhões de euros.
Com a intervenção do quadro passado na escola sede do Agrupamento de Escolas do Fundão (2,5 M€), contabilizam-se 10 milhões de euros para “encerrar o ciclo de requalificação das escolas sede”.
Mas o presidente da Câmara destaca que os investimentos também se estendem às escolas de primeiro ciclo e pré-escolar, através de um “valor suplementar”.
“Vamos colocar cerca de 700 mil euros de investimento global, cerca de 500/600 mil do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), para dar um empurrão a algumas escolas de primeiro ciclo que possam ter algum impulso, incluindo nalgumas situações também o pré-escolar”, explicou o chefe de executivo, explicando o objetivo desta aplicação.
“Não vamos colocar aqui questões de gestão corrente, mas sim questões um pouco mais pesadas, alguns problemas estruturais, ou na perspetiva de eficiência energética que possam melhorar, ou até eventualmente, alguma alteração de padrão de funcionamento da sua oferta, como está a acontecer em Alcaria, onde estamos a agregar o modelo do pré-escolar para arrancar em setembro/outubro”.
Paulo Fernandes dá conta de que algumas instituições particulares de solidariedade social (IPSS) estão a desistir do modelo pré-escolar, uma vez que com a gratuitidade das creches, os pagamentos a elas referentes são “muito mais fortes” para as instituições, acabando por limitar a oferta pública em termos de pré-escolar, e o que obriga a uma “abordagem acelerada para reforçar” aquele modelo, conclui o edil.
Um reforço que pode fazer parte dos próximos cerca de 700 mil euros de investimento direcionados às escolas primárias do concelho.