É este o mote de um projecto que foi dinamizado por alunos da universidade da Beira Interior relacionado com as migrações no Fundão e que foi o vencedor do concurso “Promove” que é dinamizado pela fundação “BPI/La Caixa” em parceria com a fundação para a ciência e tecnologia.
A ideia foi desenvolvida pelos alunos Ana Cunha, Breno Cássio, Catarina Gago, Gabriel Carvalho e Joel Aguiar, dos cursos de mestrado integrado e do terceiro ciclo de estudos em arquitectura da UBI e foi seleccionada na rubrica “ideias com potencial para se tornarem projetos-pilotos inovadores”. Com mentoria de Maria Neto o projecto pretende “mapear os espaços habitacionais e domésticos do país de origem dos migrantes acolhidos no Fundão, utilizando inteligência artificial para criar um arquivo digital interactivo e multilingue” refere em comunicado o município do Fundão.
Através desta iniciativa pretende-se “valorizar e projectar internacionalmente o capital simbólico e a mais valia ambiental, paisagística e patrimonial do Fundão como cidade de acolhimento”, afirma a mentora do projecto. Maria Neto acrescenta que através de workshops e colaborações artísticas “foi construído um retrato colectivo que valoriza a diversidade e enriquece o património social do Fundão que busca não apenas preservar as narrativas da migração, mas também impulsionar a integração e o desenvolvimento regional, bem como atrair turismo e novos residentes, fomentando uma comunidade mais inclusiva e coesa”.
O projecto acolheu o apoio do centro para as migrações e partiu de uma experiência prévia no terreno no âmbito de um acordo de colaboração interinstitucional, liderado pela UBI. A equipa apresenta já uma familiaridade com o território em estudo e a comunidade migrante e refugiada, tendo desenvolvido ou estando a desenvolver dissertações de mestrado e teses de doutoramento com enfoque em populações vulneráveis, com a cidade do Fundão como estudo de caso.
Para o município “este reconhecimento e o financiamento para o desenvolvimento desta iniciativa representam um passo significativo para a realização de um projecto que celebra a diversidade e a inclusão, mas também promove o desenvolvimento regional e o património cultural do Fundão”.