No período destinado à intervenção do público, Cristina Rico, quis saber o que foi feito desde fevereiro último, quando alertou a Câmara da Covilhã para a insegurança do Jardim Público.
“Ao fim de sete meses eu pergunto o que é que vai acontecer, porque nada foi feito desde os primeiros alertas que eu dei em fevereiro.”
A empresária admite que teve de contratar um segurança para se sentir segura, e pede uma intervenção ao município, “eu sei que vocês podem fazer alguma pressão ao nível da PSP e tribunais porque ainda não avançou nada.”
A contratação de seguranças privados e o encerramento dos estabelecimentos comercias mais cedo, têm sido algumas medidas adotadas pelos comerciantes do Jardim Público que querem respostas às preocupações com a falta de segurança.
O presidente da câmara municipal, Vítor Pereira, fez o ponto de situação sobre as duas questões em que a autarquia pode intervir. A primeira, diz respeito ao reforço da iluminação pública.
“Foi uma instrução que imediatamente dei ao senhor diretor de obras e planeamento, que me disse que é reconhecidamente um problema e está a trabalhar nele pelo seguinte, a instalação elétrica que está no subterrâneo do jardim já tem muitos anos.”
A autarquia está ainda a trabalhar noutra frente, que é a implementação da videovigilância, “embora a iniciativa possa partir da Câmara não depende só e apenas da Câmara depende de vários pareceres e, desde logo, da Polícia de Segurança Pública.”
O autarca admite que esta é uma questão prioritária para o município da Covilhã.
“É uma grande preocupação, está no topo das nossas prioridades, as questões praticas e logísticas, do nosso lado, estão a ser tratadas as outras dizem respeito aos tribunais e às policias. Por exemplo, relativamente à agressão bárbara de que foi vítima o seu marido está no Ministério Público, a Câmara não pode nem deve interferir com as autoridades judiciárias nesse sentido, sendo certo que eles fazem, e bem, o seu trabalho e acreditamos que o farão da melhor forma para que situações dessas não se repitam.”
O tema levou a oposição a propor a Vítor Pereira a marcação de uma reunião ao Ministério da Administração Interna, uma vez que em causa pode estar uma mudança de paradigma na segurança da cidade.
“Porque este é um caso grave, é um caso que põe em risco a vida dos cidadãos e é um caso que altera aquilo que é hoje o paradigma, a noção e a perceção que os covilhanenses têm da segurança e quando isso acontece nós começamos a perder a mão da forma como podíamos e devíamos ter agido.”
O presidente da Câmara da Covilhã considera despropositado o pedido de uma reunião ao MAI sobre este assunto.
“É um atestado de menoridade às nossas policias e forças de segurança que todos os dias dão o seu melhor para nos defender.” O autarca entende que o estado de gravidade “não atingiu esse patamar para pedir a intervenção governamental”.