A direcção da organização regional de Castelo Branco considera que o projecto do regadio a sul da Gardunha “não pode morrer”. Em causa está a decisão da comissão de gestão do plano nacional de regadios da anular a decisão de aprovação e correspondente indeferimento da candidatura do bloco da Marateca.
De acordo com o PCP este projecto hidroagrícola, que abrange os concelhos do Fundão, Castelo Branco e Penamacor “é útil ao desenvolvimento do distrito de Castelo Branco, pois vai incrementar as reservas disponíveis de água para uso agrícola, permitindo uma melhor adaptação face aos impactos provocados pelos mais frequentes fenómenos de seca”.
A direcção da organização regional de Castelo Branco acrescenta que este projecto vai permitir estruturar cerca de 7500 hectares de terrenos, divididos em quatro blocos e “beneficiar áreas onde actualmente já é feita agricultura de regadio de forma deficitária”. O bloco da Marateca “foi o escolhido para ser contemplado pelo plano nacional de regadios aguardava aprovação e que agora foi anulada”. Quanto aos restantes três blocos “nada foi anulado, pelo que é impreciso e perigoso que se diga que o regadio Gardunha Sul está morto ou que foi «por água abaixo»”.
O PCP consideras que “a insistência na candidatura do bloco da Marateca” assim como “a não consideração da alternativa de construção da barragem do Barbaido” a par da desvalorização da reabilitação do sistema hidráulico “foram erros políticos, com graves implicações no futuro da agricultura e do desenvolvimento da região”.
O executivo regional de Castelo Branco sublinha que, desde o início do processo, teve sempre uma postura clara. Primeiro ao ouvir as preocupações da plataforma de defesa da Marateca e também defendendo “a urgente construção da Barragem do Barbaido”.
O PCP considera que “os investimentos no projecto hidroagrícola da Gardunha Sul não podem continuar a ser adiados, sendo necessário vontade política local, regional e nacional para adoptar as questões técnicas e financeiras necessárias para a sua concretização, garantindo assim o desenvolvimento social e da actividade produtiva da região”.