No âmbito das comemorações dos 154 anos da elevação da Covilhã a cidade, a Câmara Municipal atribuiu este domingo a medalha de mérito grau ouro a três instituições que têm tido um papel determinante para o concelho. APPACDM, Casa da Covilhã em Lisboa e a Escola Pêro da Covilhã foram as homenageadas deste aniversário.
“Importantíssimas entidades que muito enobrecem e densificam a nossa vida, que a enriqueceram ao longo dos anos e são para nós um farol uma referência, cujos exemplos devem ser seguidos”, destacou o presidente da Câmara, Vítor Pereira, na cerimónia da “singela e humilde, mas simbólica” homenagem.
Um desses exemplos é o da APPACDM Covilhã, distinguida pelo “mérito inquestionável” no apoio a pessoas com necessidades, dando resposta a cidadãos que, de outra forma, “correriam o riso de ficar à margem”, sendo também uma “âncora para várias famílias”, apontou o edil.
António Marques, presidente da instituição, recebeu a distinção com orgulho, destacando que o trabalho da APPACDM é fruto de todos os que a construíram, num trabalho que “só é possível com disponibilidade solidária, afeto e amor”.
Uma marca da instituição, cujo foco é a “inclusão efetiva com vista a uma sociedade mais justa, solidária e fraterna”. A homenagem deste domingo, aponta o presidente da APPACDM, “reforça o nosso propósito”, partindo “com mais força e vigor para prosseguir a caminhada”.
Com medalha de mérito municipal grau ouro, foi também distinguida a Casa da Covilhã em Lisboa, que representa, de acordo com Vítor Pereira, “um importante elo de ligação entre a cidade e os cidadãos que tiveram de partir para a capital”, celebrando o seu centenário este ano.
Manuel Vaz, presidente da Casa, afirma que a distinção se deve a “todos os que têm dado parte do seu tempo” aquele projeto, que “passou por algumas dificuldades nos últimos anos”, quando encerrou portas durante uns anos.
O dirigente agradeceu à autarquia, sem a qual, sublinhou, “as casas regionais em Lisboa não existiam”. A Casa da Covilhã, apesar dos desafios, continua a “respirar serra” e quer “continuar a ser a embaixada da Covilhã em Lisboa”.
A terceira medalha de ouro foi endereçada à Escola Pêro da Covilhã, hoje já integrada num agrupamento que abrange mais de mil alunos, desde o pré-escolar até ao ensino prisional.
Fundada em 1968, a sua “história rica” e a “dedicação de tantos profissionais” na sua educação de “excelência” foram determinantes para este reconhecimento.
O diretor do agrupamento, Jorge Crucho Antunes, lembra que a escola teve um “parto difícil”, o que deu mais “garra” para superar “tudo o que é obstáculo”.
Sublinhado que além de professores, a escola são “todos os que passaram e honraram o nome de escola”, o diretor garante que todos continuarão “a ser implacáveis e exigentes, porque só assim formamos aqueles que vão continuar a tomar conta de nós”.
Além das três instituições distinguidas com medalha de ouro, a Câmara Municipal da Covilhã distinguiu ainda nos 154 anos de elevação a cidade, 12 personalidades com medalha de mérito grau prata. Quatro delas, a título póstumo: José Curto Pereirinha, José Fernandes de Lemos, Luís Patrão e Manuel Carrola.