Faleceu esta quarta-feira, aos 70 anos de idade, o docente António Pinto Pires. Natural da Covilhã, exerceu funções durante vários anos como professor. Actualmente era o principal rosto do “6 de Setembro”, grupo dos amigos da linha da Beira Baixa.
Licenciado em história, na vertente de museologia, pela universidade de Coimbra, António Pinto Pires exerceu também funções como director do museu do ferroviário, no Entroncamento. Deixou vários livros publicados, entre os quais dedicados à história da linha da Beira Baixa e à rua Mateus Fernandes. Em Dezembro do ano passado editou o seu último trabalho “A Covilhã ao Contrário”, onde apresentou um olhar crítico sobre a demolição do edifício do “Tinte Velho”.
António Pinto Pires foi ainda autor e fundador da galeria António Lopes e criou as condições para edificar o museu Eduardo Malta. Algo que nunca chegou a acontecer “por falta de vontade política”. Dirigiu a associação Cava Juliana e foi autarca. Deixa duas filhas e duas netas. Fez ainda parte do conselho consultivo da candidatura da Covilhã a cidade criativa do design da Unesco. Recebeu em 2019 a medalha de mérito municipal atribuída pela autarquia covilhanense.
O corpo de António Pinto Pires vai estar em câmara ardente esta quarta-feira, a partir das 17h00, no centro funerário da agência “Paraiso” na Covilhã. O funeral está marcado para amanhã, a partir das 13h00, no crematório de Castelo Branco.
Oiça reações à morte de António Pinto Pires
Hélder Bonifácio (conheceu Pinto Pires há 40 anos na defesa da Linha da Beira Baixa); Regina Gouveia (vereadora da CMC); Jorge Torrão e Luís Garra (amigos de há muitas décadas).
Oiça a entrevista que António Pinto Pires concedeu ao programa RCB “Porque Hoje é Domingo”