A câmara do Fundão é uma das 11 entidades de Portugal e Espanha que fazem parte de um consórcio que pretende promover o desenvolvimento rural sustentável através da transformação digital das cooperativas agroalimentares e do incentivo ao empreendedorismo social. A iniciativa faz parte do projecto” Agrosocial” e é financiada, com cerca de dois milhões de euros, pelo programa de cooperação transfronteiriça Interreg entre Portugal e Espanha.
Em comunicado, o município do Fundão refere que este projecto vai ser desenvolvido até 2026 e surge “como uma resposta aos desafios críticos enfrentados pelas regiões rurais transfronteiriças, como o despovoamento e o desemprego, especialmente entre os jovens”. Ao promover a competitividade das cooperativas e pequenas e médias empresas assim como a criação de novas empresas sociais, a iniciativa “pretende revitalizar as economias locais e assegurar um futuro mais inclusivo e sustentável para as zonas rurais”.
O projecto é coordenado pela câmara provincial de Córdoba, e envolve as câmaras provinciais de Cáceres, Cádiz e Lugo, a fundação europeia para a inovação (Intec), as cooperativas agroalimentares da Andaluzia e Extremadura, o município do Fundão, a comunidade intermunicipal do Alto Minho, a Confagri e a associação “Odianao”.
Com a criação de novas oportunidades de emprego, o projecto “Agrosocial” espera contribuir para “a retenção de talento nas regiões rurais, ajudando a combater o despovoamento e a garantir uma maior sustentabilidade socioeconómica”. Entre as principais acções previstas, destaca-se a implementação de uma plataforma virtual, o Agrosocial Lab, que “vai permitir o desenvolvimento de competências e a experimentação em ambientes formativos”.
Pedro Neto, vereador na câmara do Fundão, salienta que “o projeto Agrosocial visa incentivar o empreendedorismo nos nossos territórios, bem como a transição geracional e a revitalização das zonas rurais, garantindo um crescimento inclusivo e sustentável. As acções previstas pretendem não só aumentar a competitividade das cooperativas e do tecido empresarial existente, mas também incentivar a criação de novas empresas sociais que possam impulsionar as economias locais através da transformação digital e, sobretudo, do empreendedorismo”.