Ontem à tarde, na reunião pública do executivo, a vereadora do PS lamentou que, passado um mês, “nada se alterou” e o Fundão continua de fora dos apoios aprovados em Conselho de Ministros, para os territórios afetados pelos incêndios em setembro último, nomeadamente nas freguesias de Silvares e Barroca.
Joana Bento propôs a aprovação de “um voto de condenação ao Governo por não ter ainda alterado e olhado para o concelho do Fundão como um território que foi amplamente afetado”.
O presidente da Câmara Municipal pede que se esgote primeiro a via diplomática, uma vez que tem agendadas nas próximas duas semanas, reuniões com os secretários de estado da Proteção Civil e das Florestas.
“Tendo esta agenda, não me parece institucionalmente correto, senão estaria não só a subscrever como estaria logo de imediato a falar no assunto. Estamos numa tentativa última, nestes 15 dias, de tentar resolver este problema”.
Recorde-se que as datas estipuladas na resolução de Conselho de Ministros deixam de fora os incêndios que afetaram as freguesias de Silvares, Barroca, mas também Capinha, como recordou o vice-presidente. Miguel Gavinhos recorda que estas freguesias, a par de Lavacolhos, foram, entretanto, contempladas no despacho do Ministério da Agricultura que apoia os prejuízos causados pelos incêndios, nesta área “cobre os prejuízos, sobretudo, das pequenas produções, ou seja, valores até 6 mil euros com a identificação dos prejuízos e o Fundão é abrangido nas três freguesias que, neste caso, estão envolvidas e uma outra que não estava no perímetro inicial do incêndio (Lavacolhos).”
Recorde-se que, em causa, estão prejuízos de cerca de 8 milhões de euros, 4 milhões referentes à parte pública e outros 4 milhões na vertente privada.