A Filarmónica Recreativa Cortense assinalou 125 anos esta segunda-feira, 11 de novembro, e comemorou a data dias antes, no sábado, com um encontro de bandas que reuniu cerca de 300 músicos na freguesia de Cortes do Meio. Um “sucesso” que marcou mais de um século de vida daquela instituição, que ainda espera pela conclusão da sua sede social.
Sopros e percussões ouviram-se no passado sábado por toda a aldeia de Cortes do Meio. Ao todo, cerca de 300 músicos de nove bandas fizeram parte do certame organizado pela Filarmónica Recreativa Cortense, para assinalar os 125 anos de vida.
Foi o primeiro encontro desta dimensão na freguesia covilhanense e, de acordo com o presidente da Filarmónica, foi “uma festa bastante grande”.
“É isso que temos tentado fazer é um convívio da união que temos com as nossas congéneres. Este ano foram nove bandas, para o ano veremos se são mais ou menos, mas iremos realizar outro encontro para o ano que vem. Acho que este ano correu muito bem”, disse à RCB Alexandre Barata.
Também para o presidente da junta, este primeiro encontro de bandas representa a “capacidade organizativa” da Filarmónica, como já foi visto na nona edição do certame dos pastores, e mostra “a força e a vontade que têm de conseguir organizar eventos desta natureza” que, de acordo com Jorge Viegas “foi um sucesso estrondoso”, fazendo-o sentir “orgulhoso” de receber o evento naquela freguesia.
O orgulho passa ainda pela longevidade conseguida pela Filarmónica Recreativa Cortense.
“São 125 anos de história e não me canso de dizer que temos que olhar para estas instituições pela história e os anos que têm, pelas pessoas que já conseguiram mobilizar e que chegam ao dia de hoje com uma direção muito motivada, com um conjunto de músicos competentes que se igualam a outras filarmónicas com muitos mais recursos e a filarmónica está de parabéns por tudo o que tem conseguido fazer junto da comunidade”, afirmou o autarca cortense.
Atualmente com cerca de 30 músicos e uma escolinha de música a funcionar com uma dúzia de crianças, a Filarmónica Cortense tem a garantia de renovação musical, sendo que este ano já transitaram para a banda principal dois elementos.
Ainda assim, Alexandre Barata, destaca sempre a necessidade de ter um corpo instrumental para encher a sede social, que ainda “é um sonho e uma boa prenda” para o grupo.
“Falta só a última fase que é a área administrativa que contempla gabinete de direção, escola de música, sala de exposições, gabinete de maestro”, aponta o presidente.
Um sonho que, segundo Jorge Viegas, “deve ser correspondido. Tivesse a Junta de Freguesia orçamento para isso, nós já teríamos a sede concluída. Não conseguimos fazer face a um investimento desta natureza, que andará muito perto dos 100 mil euros. Haja boa vontade do município em ajudar esta associação que tem mais de provas dadas, é um prémio mais que merecido, sair deste ano com um protocolo de apoio à filarmónica”.
Apesar da espera pela grande prenda, a Filarmónica continua a celebrar as conquistas e a história da banda. No próximo sábado, com um almoço convívio, na sede social da associação.