A Liga dos Amigos do Alcaide (LAA) assinou na passada sexta-feira, 15 de novembro, um protocolo com a Câmara Municipal do Fundão (CMF) para iniciar o projeto de requalificação da sede daquela coletividade. Um património que o município considera “importante” para a comunidade alcaidense e cuja renovação é um “sonho” antigo da Liga.
A assinatura do protocolo, realizada no terceiro dia do Festival “Míscaros” 2024, representa um “marco muito importante” para o presidente da Liga dos Amigos do Alcaide já que, no acordo, a Câmara Municipal compromete-se a “começar, pelo menos, um projeto de arquitetura para as novas instalações”, esclarece Fernando Tavares.
Em declarações à RCB, o dirigente explica que o “sonho” da coletividade é ter “um bom espaço, conseguir ter uma pequena sala de reuniões para organizar o festival, ter até uma casinha com produtos de cogumelos para as pessoas visitarem, um espaço onde as pessoas quisessem trabalhar remotamente no Alcaide, onde possam estar à vontade”.
Um espaço cuja requalificação o município se compromete a apoiar, tal como aconteceu com o ringue da aldeia há cerca de 15 anos. Para o presidente da Câmara, o património da LAA “é importante para a comunidade, e a parte dos edifícios estão a necessitar de requalificação”, por isso a CMF vai criar um programa partilhado para recuperar “pouco a pouco” o edifício, para que aquele património “possa servir ainda melhor a comunidade o ano inteiro e durante o festival Míscaros”.
Mas os problemas estruturais do edifício exigem uma atenção urgente, aponta o dirigente Fernando Tavares. Daí que as receitas do almoço comunitário que encerra o festival tenha revertido, este ano, e pela primeira vez, para a reconstrução da sede. O evento, que contou com 800 pessoas, vai ser fundamental para dar início às intervenções mais urgentes.
“O almoço foi mais um evento simbólico para conseguirmos fazer alguma coisa. Para, pelo menos, conseguirmos colocar isto minimamente em condições”, aponta o presidente da Liga. “Estávamos a pensar também, com este dinheiro, fazer umas reparações de eletricidade. O problema é que a sede já tem muitos anos, foi tendo remendos, mas precisamos de uma intervenção a sério, porque até uma parte da fachada está a abrir e nós até temos medo de lé estar, então isso é uma coisa que temos que nos preocupar”.
Uma preocupação agora conjunta com a Câmara Municipal do Fundão, que se compromete, através do protocolo assinado, a apoiar a coletividade alcaidense. No mesmo dia foi assinado outro protocolo entre ambas as entidades, desta vez, para partilharem a marca “Míscaros – Festival do Cogumelo” que antes, pertencia apenas ao município.