“Fizemos um estudo em que inventariamos que necessitamos de cerca de 2 mil milhões de euros para executar em tudo o que o regadio necessita e as verbas que há disponíveis, nos vários fundos, hoje em dia, só chegarão para cerca um terço desta realidade.”
Segundo o presidente da Fenareg, José Núncio, as componentes mais fortes desse investimento são em regadios já existentes e em novos regadios, que preveem duplicar a área beneficiada pelos regadios coletivos, passando dos atuais 150 mil hectares para 300 mil.
O Ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, na sessão de abertura das Jornadas não adiantou pormenores do programa “A água que nos une”, uma vez que o trabalho ainda está ser realizado, mas garante que “será um investimento de milhares de milhões e aí teremos de ter uma arquitetura financeira, que já está a ser trabalhada, onde para além de fundos europeus, temos também de ter instrumentos financeiros, o BEI, o Fundo Ambiental, mas este, é um investimento com retorno, este investimento cria riqueza, garante futuro.”
Ao nível da participação, as Jornadas excederam as expetativas, “tivemos que fechar as inscrições, estavam inscritas 160 pessoas e tínhamos apontado, no máximo, 150.” José Núncio faz, assim um balanço “muito, muito, muito positivo, tivemos uma adesão ímpar, todos os nossos associados aderiram e também foi muito concorrido por não associados.”
A Federação Nacional de Regantes tem cerca de 30 associados que representam 98% da área beneficiada pelos regadios coletivos de norte a sul do país.