A notícia surgiu hoje após a divulgação dos castigos aplicados pelo conselho de disciplina da FP Futebol, Secção Não-Profissional. O avançado brasileiro Lucas Duarte actuou castigado frente ao Rebordosa, a contar para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal.
Lembramos que os serranos foram derrotados em pleno Santos Pinto, por 3-2.
Vamos aos factos.
De acordo com o que a RCB conseguiu apurar, tudo está relacionado com o jogo da 3ª eliminatória da Taça de Portugal, frente ao Moncarapachense (o SCC venceu por 3-2), no passado dia 20 de outubro de 2024.
O ponta de lança dos leões da serra, apontou o golo da vitória aos 90’+8, e nos festejos levantou a camisola, na qual tinha escrito palavras consideradas impróprias pela FPF.
A FP Futebol (CD) viu essas palavras escritas, através das imagens televisivas e abriu um processo disciplinar, castigando o atleta com um jogo de suspensão + 102 euros de multa e ainda 510 euros, por comportamento incorrecto dos adeptos serranos.
No estádio, a maioria dos adeptos não reparou na altura, mas o árbitro viu e escreveu também no relatório, que o jogador tinha na camisola ” Jesus mudou a minha história”, mas não foi considerado expulso.
A partir daqui, surge (mais) um “erro de casting” da direção serrana (segunda vez, em duas épocas seguidas!), algo que os próprios dirigentes se penitenciaram inclusivamente perante o CD da FPF, até porque na semana seguinte estava lá aplicado o castigo (25 de outubro de 2024).
Assim, o jogador actuou no passado domingo frente ao Rebordosa (TP) e não devia. Tinha de cumprir castigo nessa partida, uma vez que, os castigos têm de ser cumpridos na mesma competição em que são suspensos.
Dito isto, esta sexta-feira, após a divulgação dos castigos aplicados, ficou a saber-se que Lucas Duarte foi utilizado irregularmente em jogo oficial, “tendo sido o arguido notificado dos relatórios oficiais no dia 24 de novembro de 2024, uma vez que, no dia 25 de outubro de 2024, foi instruído e notificado ao arguido auto administrativo. O Sp. Covilhã apresentou alegações dia 26 de novembro de 2024, referindo com relevância para a presente análise, o seguinte: Face ao exposto, assumimos a nossa responsabilidade sem reservas, no entanto declaramos que foi um acto involuntário. O jogador não foi expulso e não vislumbramos nenhuma sanção”, pode ler-se no relatório do conselho de disciplina, secção não-profissional da FPF
O documento acrescenta ainda que ” analisada a defesa apresentada, confirma-se que o jogador Lucas Duarte tinha de cumprir a sanção de um jogo de suspensão, por conduta praticada no jogo de 20 de outubro de 2024, na 3ª eliminatória da Taça de Portugal. Assim sendo, este Conselho de Disciplina – Secção Não-Profissional entende que não resulta qualquer abalo à credibilidade probatória reforçada de que gozam aqueles relatórios oficiais e auto administrativo, pelo que se confirma a factualidade descrita nesses documentos, com as consequências disciplinares previstas no RDFPF, valorizando todavia, a posição sufragada pelo arguido (confissão integral e sem reservas), em sede de exercício do direito de audiência prévia”, lê-se ainda.
Por tudo o que foi dito pelo CD, o auto administrativo de pena de sanção de derrota, foi substituída por um castigo de um jogo à porta fechada + 765 euros de multa.
Relativamente ao auto administrativo (utilização irregular de jogadores), o Sp. Covilhã foi multado em 510 euros.
Lembramos que este sábado, no regresso do campeonato da Liga 3 (jornada 12), o Sp. Covilhã desloca-se a Caldas da Rainha, para defrontar o Caldas Sport Clube, às 16h.
Relato na RCB.