A Associação Distrital de Agricultores de Castelo Branco (ADACB) aprovou, por unanimidade, na última Assembleia Geral do órgão, o plano de atividades e o orçamento para 2025. Com cerca de 100 mil euros, os objetivos para o próximo ano passam por um reforço de formação profissional, e ações reivindicativas.
Apoio técnico aos associados, apoio ao rendimento dos agricultores e aconselhamento agrícola são as principais linhas de atuação no plano de atividades da associação distrital de agricultores de Castelo Branco para 2025.
No documento apresentado, a direção refere que pretende manter protocolos com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), associações de desenvolvimento e autarquias para apoiar os agricultores na candidatura a programas como o PEPAC, a Rede Rural Nacional ou o Plano de Recuperação e Resiliência.
Por outro lado, o apoio técnico abrange serviços como a gestão do parcelário, licenciamento de explorações pecuárias e o Sistema Nacional de Identificação e Registo Animal.
Mas uma das prioridades para o próximo ano é a formação de agricultores. De acordo com o presidente da direção, vai ser elaborado um plano com cerca de 20 ações em diferentes áreas “até final de 2026” e aconselha “todos os sócios que manifestem os seus interesses” no âmbito desta resposta, para elaborar “o plano mais adequado possível às necessidades dos associados”.
Destacando a necessidade de preços justos à produção, mais apoios aos pequenos agricultores e a revisão de políticas que penalizam a agricultura regional, como a recente reprogramação do PEPAC, a associação reforça também o seu papel na luta reivindicativa.
“Ainda há pouco tempo, estivemos na Assembleia da República a discutir o problema da língua azul, e vamos a todo lado que seja necessário, para colocarmos os problemas dos agricultores e da agricultura da nossa região. Há um conjunto de problemas que exige que a associação esteja presente nos mais diversos órgãos para que, efetivamente, faça chegar a voz dos agricultores”, referiu Aníbal Cabral na assembleia geral.
Tudo isto, num orçamento estipulado em pouco mais de 100 mil euros, onde se propõe uma atualização dos custos técnicos em 5%. “Já é um esforço que a associação vai fazer, apesar de manter o valor da quota dos associados, isto pressupõe o aumento do número de associados”, explica o dirigente.
Um orçamento “de contenção, sem grandes investimentos, mas equilibrado”, aponta Aníbal Cabral que esclareceu ainda não existir quaisquer dívidas a entidades públicas ou privadas daquela associação.