A comissão concelhia da Covilhã do PCP considera que o encerramento do Colégio das Freiras, anunciado a 11 de janeiro, agrava a insuficiência de oferta pública de creches na Covilhã, denunciando a falta de medidas por parte da Câmara Municipal e dos sucessivos governos para solucionar o problema. Para o partido, a ausência de uma rede pública de creches prejudica crianças, famílias e trabalhadores, colocando em risco o direito à educação e ao emprego.
Em comunicado, o Partido Comunista “lamenta” o encerramento da Fundação Imaculada Conceição, que deixa 36 crianças sem acesso à creche, 150 sem pré-escolar ou ATL e 30 trabalhadores com os seus postos de trabalho em risco.
O partido sublinha que a decisão não se deve à falta de procura ou apoios públicos, mas a “problemas estruturais da instituição”, como a escassez de recursos humanos e a necessidade de requalificação das instalações.
O PCP critica a passividade da autarquia, liderada pelo PS, perante o encerramento de instituições fundamentais para o concelho, recordando o fecho do infantário público “Bolinha de Neve” em 2018, entregue à gestão da Misericórdia da Covilhã e posteriormente encerrado. Na visão do partido, a reabertura desse espaço seria um passo crucial para responder às necessidades locais.
Defensor da criação de uma rede pública de creches, o PCP destaca a sua atuação na Assembleia da República para a gratuitidade das creches, que já abrange milhares de crianças, mas aponta incoerências nas posições do PS, que bloqueou avanços significativos nessa área.
O encerramento do Colégio das Freiras é, para o PCP, “mais uma demonstração do fracasso das políticas educativas e sociais no concelho e no país”, apelando à mudança nas próximas eleições autárquicas em 2025.
Para o partido, apenas “a criação de uma rede pública será capaz de suprir a carência de vagas que hoje se verifica em Portugal e que constitui, na prática, a negação do direito à creche e da sua gratuitidade para milhares de crianças e respetivas famílias”.