Nuno Fazenda e Patrícia Caixinha, eleitos do Partido Socialista pelo distrito de Castelo Branco na Assembleia da República questionaram o ministério da administração interna sobre os motivos que levaram à retirada do helicóptero bombardeiro ligeiro do aeródromo municipal de Castelo Branco, entre 1 de Novembro e 14 de Maio.
De acordo com os eleitos do PS, esta retirada vai implicar “a redução na capacidade de resposta operacional de combate a incêndios rurais” e implica a reclassificação deste aeródromo “como um centro de meios aéreos permanente para um centro sazonal”.
Para os deputados esta situação representa “mais um “desinvestimento e uma desvalorização do interior, neste caso na salvaguarda e protecção da Beira Baixa”, sustentando que “a retirada do helicóptero bombardeiro ligeiro compromete significativamente a capacidade de resposta a incêndios rurais, especialmente se se considerar a localização estratégica do aeródromo e a sua proximidade à maior mancha florestal do país”.
Em comunicado, Nuno Fazenda sublinha que esta situação “é incompreensível”, sustentando que os deputados querem conhecer “os fundamentos desta decisão” e sobretudo “esperamos que o governo a reverta”.
O eleito socialista acrescenta que “o distrito de Castelo Branco tem sido sistematicamente ignorado pelo governo em várias áreas, sendo o mais recente exemplo disso a não atribuição de nenhum médico de família para este distrito em 225 vagas, quando há cerca de 28 mil utentes no distrito sem médico atribuído”.
A falta de resposta “ao novo tribunal central administrativo em Castelo Branco que aprovado pelo parlamento na última legislatura” ou “a inacção em relação ao programa para a revitalização da Serra da Estrela, aprovado pelo governo anterior são outras situações que demonstram a falta de atenção aos problemas do distrito”.