É este o título do documentário da autoria de Fernando Antunes Amaral e que vai ser exibido no próximo sábado, a partir das 16h00, no casino fundanense. A iniciativa é organizada pela Quercus Castelo Branco com a parceria da associação de promoção ao investimento florestal “Acréscimo” e apoiada pelo movimento “Cova da Beira Converge” e pela câmara municipal do Fundão.
De acordo com a Quercus, a apresentação do documentário é seguida de um debate que pretende criar “um diálogo aberto a diferentes perspectivas” e onde vão marcar presença responsáveis de várias organizações como a câmara do Fundão, associação de moradores da Quinta da Grameneza e as diferentes forças políticas com assento na Assembleia Municipal.
O núcleo da associação de defesa ambiental sublinha que “Na União Europeia, a produção de eletricidade a partir da biomassa florestal é financiada como estratégia para atingir a neutralidade carbónica, uma vez que urge resolver o grave problema das alterações climáticas. Em Portugal o estado investiu na criação de centrais de biomassa de grande escala e apresentou-as como a chave para resolver o grave problema dos incêndios florestais, mas passados 20 anos essas estruturas não só não resolveram nada como criaram mais problemas”.
A “Quercus” acrescenta que “a tendência da área ardida não se inverteu, queimam-se troncos em vez de sobrantes florestais, consumindo as florestas, poluem o ar, o solo e a água e tornam a vida negra às populações onde estão instaladas. A promessa de muitos postos de trabalho converteu-se em subcontratação, sem qualquer impacto positivo na economia local”, sublinhando que “a central de biomassa do Fundão é um exemplo concreto desta dinâmica, que se está a espalhar pelo país e é abordada no documentário”.