O município fundanense iniciou hoje uma intervenção na Estrada Nacional 238, entre Fundão e Silvares, envolvendo o abate de dezenas de árvores que representam risco para a via pública. A operação deve estender-se pelas próximas duas semanas, e é o início de uma requalificação que também vai incluir o piso daquela estrada.
À RCB, o vereador municipal da proteção civil explicou que se tratam de “dezenas de árvores que careciam de intervenção – umas de desmantelamento por completo, de corte integral, outras parcialmente – que ofereciam um grande risco de queda para a via pública, nomeadamente para a estrada, onde todos os dias passam centenas de carros”.
Miguel Gavinhos refere que esta é uma intervenção “muito sensível, que acontece na imediação de muitas propriedades, muitas habitações, em cima de linhas também eletrificadas e que carece de uma intervenção global das forças da proteção civil”.
A operação conta com a colaboração da proteção civil municipal, EDP e duas empresas privadas, além da GNR, que vai operacionalizar o trânsito nas próximas duas semanas. O tempo estimado desta ação.
“Começamos hoje a partir das 9h para tentar evitar o máximo de constrangimento para a circulação das pessoas e, por isso, vamos tentar abdicar da segunda-feira, que é um dia mais complicado de acesso ao Fundão. O estudo inicial que tínhamos feito dizia que a intervenção demoraria menos que uma semana, e pela estimativa que fizemos hoje já no terreno, nós estaremos a falar em duas semanas que vamos tentar conciliar com a vida das pessoas, sujeitando-nos também às condições meteorológicas”, apontou Miguel Gavinhos, considerando a EN238 “crucial” para o Fundão, também do ponto de vista dos incêndios florestais.
“Porque é um dos corredores principais de evacuação, mas que há uns anos a esta parte, no final da década de 90, foi cometido um dos maiores crimes do ponto de vista da gestão daquilo que é o espaço público, que foi a aceitação desta estrada como uma estrada municipal entre o Fundão e Silvares. Ela teve como propósito a sua requalificação, mas atrás desse encargo chegaram depois estes problemas que eu considero que são complexos, que são as árvores que estão ligadas à estrada, mas também o próprio piso do pavimento, que passado 10 anos começou a dar problemas e imagine-se agora, passados mais de 25 anos”, destaca.
Por isso, o município vai avançar, assim que as condições meteorológicas o permitirem, com a requalificação do piso nomeadamente no atravessamento do Souto da Casa, na zona da Tinalha, e no Senhor da Saúde, cujo corredor será transformado em perfil urbano.
Também perto de Lavacolhos, nas imediações de um complexo turístico do Regal, “onde há um problema numa passagem hidráulica que ficou saturada e tem sido ponto de acumulação de água”, Miguel Gavinhos sublinha que, também carece de uma “intervenção grande”.
Entretanto os trabalhos de abate prosseguem nos próximos dias, com um acompanhamento contínuo da proteção civil e com um apelo aos condutores para ter precaução na via durante estas semanas.