A Comissão Política do Partido Social Democrata (PSD) do Fundão afirma que o Partido Socialista ao fim de mais de duas décadas de oposição “sem sucesso, não tem nada de novo nem de diferente para apresentar aos fundanenses”.
É reação dos social democratas à recente leitura feita pelo PS do Fundão a uma intervenção do presidente da CMF, na última sessão da Assembleia Municipal, onde Paulo Fernandes, a uma pergunta efetuada por José Pina, da bancada socialista, garantiu que vai cumprir o seu mandato até ao fim e manter a sua neutralidade na corrida eleitoral.
Declarações que para os socialistas significam que o executivo suportado pelo PSD, “está dividido há três anos e que a sua saída prematura da liderança da autarquia conduziria a uma instabilidade política e à ingovernabilidade do município”, acrescentando que Paulo Fernandes “não reconhece a nenhum dos candidatos, do seu seio, condições para assegurar uma liderança equilibrada e estável. Não confia neles para um cenário de estabilidade institucional, razão pela qual não abandonou o cargo a meio, como lhe sugeriu o seu antecessor.”
Em comunicado, o PSD do Fundão acusa os socialistas, talvez inspirados no espírito carnavalesco, “de tentarem mascarar a sua incapacidade de se constituir como alternativa à governação PSD” e, em desespero, procurar explorar assuntos internos do PSD para esconder os seus próprios problemas.
“Esta tentativa, não sabemos se de forma intencional ou ingénua surge apresentada num órgão municipal, justamente por alguém que é ele próprio o exemplo máximo da instabilidade política vivida na última governação do Partido Socialista na Câmara. Pois não só se demitiu do cargo de vereador como depois se assistiu a uma incompatibilidade entre os eleitos do executivo e à imposição de um candidato externo “chutando para canto” o presidente da câmara em exercício de funções”, frisa a concelhia social democrata.
Para o PSD, o PS do Fundão tentou esconder que ao fim de mais de duas décadas de oposição sem sucesso, não tem nada de novo nem de diferente para apresentar aos fundanenses, considerando que o desnorte dos socialistas é de tal forma que a sua intervenção é ela própria uma enorme contradição. “Só à oposição interessaria qualquer instabilidade provocada caso o presidente da câmara antecipasse o final do seu mandato. Por isso, não se entende este súbito interesse em querer defender e querer até apoiar a maioria PSD”, aponta.
A concelhia social democrata, liderada por Miguel Gavinhos, afirma que a posição assumida pelo Presidente da Câmara, “que é em si mesma uma escolha”, de que não apoiaria qualquer candidato à autarquia caso existissem duas provenientes do seu executivo, “ela constituiu uma enorme surpresa apenas para o Partido Socialista”.
Os social democratas garantem que vão continuar a apresentar uma candidatura vencedora no concelho e tudo vai fazer “para continuar a ter os melhores projectos, os melhores protagonistas e as melhores políticas para defender e melhorar a qualidade de vida dos fundanenses, continuando a colocar os seus interesses e os do concelho acima de quaisquer interesses partidários”, frisa.
A Comissão Política do PSD do Fundão, sugere ao PS que se dedique “a resolver as suas pelejas internas e a resolver a sua gritante incapacidade de apresentar uma solução e um projeto alternativo, ou talvez à arbitragem carnavalesca como pareceu descobrir afinal a sua vocação na última reunião de câmara”.