A Igreja da Santíssima Trindade, na Estação – Covilhã, no dia 5 de abril de 2025, no âmbito das comemorações do centenário da morte do compositor francês Gabriel Fauré, a sua obra imortal, o Requiem em Ré menor, Op. 48, acolhe “um concerto de profunda carga espiritual e artística”, interpretado pelo Orfeão da Covilhã.
O concerto Requiem de Fauré será interpretado pelo Coro do Orfeão da Covilhã, em colaboração com o Coro Misto do Conservatório e a Orquestra de Câmara da Covilhã, formada por professores e alunos do Conservatório Regional de Música da Covilhã e da Escola Profissional de Artes da Covilhã.
“Considerado um dos Requiem mais emblemáticos da história da música ocidental, esta obra de Fauré distingue-se pelo seu caráter sereno e redentor, afastando-se das abordagens dramáticas de compositores como Mozart ou Verdi. Desde a sua estreia em 1888, na igreja de La Madeleine, em Paris, esta composição passou por diversas revisões, culminando, em 1900, numa versão sinfónica apresentada na Exposição Universal de Paris”, refere o maestro e diretor artístico do Coro do Orfeão da Covilhã.
O concerto conta com as vozes solistas de Catarina Martins (soprano) e Frederico Ferreira (baixo-barítono), sob a direção musical do maestro Bruno Martins. “Entre os momentos mais marcantes desta obra destaca-se o célebre Pie Jesu, descrito por Camille Saint-Saëns como inigualável dentro do repertório sacro, bem como o Libera me e o In Paradisum, que transportam o público para uma dimensão de transcendência e contemplação”, frisa o responsável musical.
De acordo com Bruno Martins, o momento promete proporcionar uma experiência única, unindo tradição, espiritualidade e a excelência musical dos seus intérpretes. “Com entrada livre, esta será uma oportunidade imperdível para vivenciar a intemporalidade de uma das mais sublimes criações de Gabriel Fauré”, sustenta.
“Tem-se dito que o meu Requiem não expressa o medo da morte, alguém o chamou de canção de embalar fúnebre. Mas é assim que eu vejo a morte: como uma libertação feliz, uma aspiração à felicidade eterna, não como uma experiência dolorosa.” (Gabriel Fauré)