O Lusitânia dos Açores venceu esta noite o Sp. Covilhã, em jogo em atraso da jornada 8 do campeonato. Os golos foram todos apontados na segunda parte de uma partida intensa, emotiva e disputada até ao último segundo, onde erros individuais ditaram a derrota da equipa da casa.
A vitória da formação açoriana, foi alcançada com esforço, garra, raça, luta, eficácia e alguma dose de felicidade também, aliada a alguma aselhice do adversário, que adiou o desfecho da despromoção na Série 2 da Liga 3 Placard para as duas últimas jornadas.
Depois de ter sido adiado no passado domingo, devido a falta de ligações aéreas com o Continente, o jogo que começou com um atraso de meia hora devido às más condições atmosféricas que se fizeram sentir na Covilhã (as marcações no relvado não estavam visíveis), foi equilibrado na sua primeira fase, com ambas as equipas a procurarem o golo.
Breno Pais (10’) e Dário Miranda (14’) dispuseram de boas ocasiões, mas, na resposta, Gui Paula, por três vezes (7’, 15′ e 44’) e Cornélio estiveram perto de inaugurar o marcador (23’), não fosse a pronta intervenção de Derick, que manteve o nulo.
No segundo tempo, sempre mais e melhor Covilhã, de novo por Gui Paula, teve oportunidades de marcar aos 49’ (Diogo Sá voltou a adiar o golo serrano), 55’ e 65’, com situações claras, mas que voltou a falhar na finalização, tal como Ramalho, Luís Oliveira e Luís Salgado, por exemplo, já no último quarto de hora do encontro, que demoraram uma eternidade a rematar à baliza contrária, já dentro de área.
Os visitantes, que defendiam muito e bem e só apostavam no contra-ataque, acabariam por chegar ao golo (68’), quando Celso Sidney aproveitou um erro da defesa do Covilhã e, num sprint vigoroso, cruzou para a área, com Joca a tocar para o fundo das redes.
Primeiro erro serrano, primeiro golo sofrido.
Na recta final, com os leões da serra, sempre por cima, acreditaram que poderiam dar a volta ao marcador e chegaram ao empate, com justiça, aos 88 minutos, com um bom golpe de cabeça de Lucas Duarte, numa excelente iniciativa de Ramalho.
Já em tempo de compensação (90’+2), segundo erro, segundo golo.
Derick, também de cabeça, fez o 1-2, aproveitando uma saída precipitada do guarda-redes João Gonçalo, a jogar com dez, uma vez que Konaté foi expulso, com duplo amarelo (já tinha acontecido o mesmo no jogo dos Açores).
Mesmo tendo sido injusta a derrota da equipa de Luís Lourenço, a verdade é que, o Sp. Covilhã continua sem vencer em casa nesta fase, não ganhou qualquer jogo frente aos insulares, e apesar de alguns erros, também, do árbitro, Rui Madeira (ficaram dois lances muito duvidosos dentro da área açoriana e o segundo cartão amarelo mostrado a médio defensivo do SCC, é exagerado), o clube covilhanense, adia, assim, o carimbar de uma vitória e da manutenção para a próxima jornada em Tábua, frente ao Oliveira do Hospital.
O jogo realiza-se dia 25 de abril, às 16h, no Estádio Municipal de Tábua.
Em declarações na sala de imprensa do Santos Pinto, Leandro Grimi, afirmou aos jornalistas que “fizemos tudo para ganhar o jogo, merecíamos vencer, e não conseguimos. Obviamente não nos sentimos bem. Criamos outra vez, muitas situações de golo, os poucos erros que estamos a ter em campo, estamos a pagar caro e também na questão da arbitragem, não estamos a pedir que nos ajudem ou favoreçam, pelo contrário, mas que os árbitros sejam isentos e justos com as duas equipas. Já lá, nos anularam um golo limpo e Konaté foi também mal expulso. Mas vamos continuar a trabalhar e ser mais eficaz e acredito e peço a todos os adeptos quer acreditem também, que vamos atingir os nosso objectivos. Não podemos ter erros individuais no futuro. Está-nos a faltar eficácia. Estamos a jogar bem, com qualidade, mas não vencemos. Temos de começar a somar e não apenas jogar bem. Não sou ingénuo”. Disse o técnico adjunto dos serranos.