O Ministério da Saúde abre esta quarta-feira 579 vagas para médicos de medicina geral e familiar, 57 para saúde pública e 1552 para especialidades hospitalares. Para a Unidade Local de Saúde (ULS) da Cova da Beira está prevista a abertura de 10 vagas para médicos de família, enquanto a ULS de Castelo Branco conta com 13 e a da Guarda com 16 vagas, mas todas sem classificação de carenciadas.
Das 579 vagas abertas para médicos de família, 97 foram consideradas carenciadas, com direito a incentivos definidos na lei. Estas três ULS da região Centro totalizam, entre si, 39 vagas para médicos de medicina geral e familiar, mas nenhuma delas beneficia dos incentivos financeiros e logísticos criados para fixar clínicos em zonas menos atrativas. Na área da medicina familiar, os incentivos ficaram todos concentrados na ULS da Região de Leiria (13 vagas) e em Lisboa e Vale do Tejo (84).
A informação é avançada esta quarta-feira pelo Jornal de Notícias, que destaca que, ainda na área hospitalar foram identificadas 214 vagas carenciadas, com destaque para especialidades como ginecologia/obstetrícia, pediatria e medicina interna.
Apesar de em novembro passado, a ministra da saúde ter prometido um novo pacote de incentivos para zonas carenciadas, o despacho que deverá ser hoje publicado não contempla essas medidas, uma vez que as alterações legislativas necessárias não puderam avançar devido à limitação de competências de um Governo em gestão.
Ainda assim, o Ministério da Saúde garante estar a trabalhar num novo modelo de Unidades de Saúde Familiar (USF-B) adaptado aos territórios de baixa densidade. A proposta prevê remuneração por desempenho, listas de utentes mais curtas e condições semelhantes às USF-B tradicionais – uma tentativa de resposta à falta de atratividade de certas regiões para os profissionais de saúde.
