O Plano Nacional Ferroviário (PNF), publicado na passada terça-feira em Diário da República, prevê a criação de um novo corredor ferroviário entre o litoral e o interior do país, com a Estação da Guarda como ponto nevrálgico de articulação de linhas e serviços.
O plano prevê a criação de uma nova ligação ferroviária entre Aveiro, Viseu, Guarda e Vilar Formoso, atribuindo à Guarda um papel central na rede ferroviária do Interior Centro de Portugal.
Em comunicado, o município guardense explica que “a estação da Guarda passará, então, a ser a principal interface ferroviária no interior centro, concentrando as ligações de longo curso através da nova linha Aveiro – Vilar Formoso, os serviços que permanecem na Linha da Beira Alta e as ligações através da Linha da Beira Baixa, em direção à Covilhã ou a Castelo Branco”.
A nova infraestrutura vem responder a uma falha estrutural da rede ferroviária portuguesa, com destaque para a “inexistência de acesso ferroviário à cidade de Viseu”. O projeto prevê ainda “a introdução de serviços de Alta Velocidade entre as regiões Norte e Centro, e até entre Lisboa e várias zonas de Espanha”.
A execução poderá ser faseada, com arranque no troço Viseu–Mangualde, seguindo-se Aveiro–Viseu e, por fim, Mangualde–Vilar Formoso. Esta nova linha vai permitir, de acordo com a autarquia, um tempo de viagem estimado de “cerca de três horas entre o Porto e a capital espanhola”.
Com a entrada em funcionamento da nova linha, os serviços Intercidades poderão deixar de circular na Linha da Beira Alta. Uma das hipóteses em análise é “o prolongamento do serviço Inter-regional Leiria – Coimbra até à Guarda”, reforçando a estação como “principal ponto de ligação ferroviária do interior centro, articulando serviços da nova linha, da Linha da Beira Alta e da Linha da Beira Baixa”.