“Não temos centenas de peregrinos, não, não temos, têm ficado algumas dezenas. Mas, peregrinos, este ano, andará por uma dúzia. E quando eu falo numa dúzia é uma dúzia de 12.”
Carlos Madaleno, o representante do município da Covilhã na Federação Portuguesa dos Caminhos de Santiago, acredita que, este ano, o número vai aumentar “acreditamos que vão aumentar, até porque o Ano Santo foi prolongado, há também as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) que vão trazer jovens ao albergue e que ali vão ficar instalados.”
A expetativa é que o albergue do Ferro, seja uma peça fundamental no Caminho Portugal Nascente, onde se inserem os caminhos de Santiago da região.
“Os peregrinos planeiam as suas peregrinações através de etapas, e o ideal seria no fim de cada etapa terem um albergue. Felizmente, na Via Portugal Nascente há já bastantes albergues, nós temos, a Guarda tem, Belmonte acolhe a nível privado, o Fundão penso que também vai ter. É já um bom indicativo para que este caminho continue a crescer.”
O também historiador, explica o significado da concha, símbolo dos peregrinos e dos Caminhos de Santiago. Uma simbologia que já vem da Idade Média e que continua atual.
“Tal como hoje, o peregrino ainda leva muito pouco, quase tudo se resume a uma mochila que não deve ultrapassar os 30 quilos e, mesmo assim, já é um peso significativo, também na altura o peregrino levava o seu bastão, para se defender, a sua cabaça, com alguns líquidos para beber e levava a vieira para poder beber a água das fontes”.
Carlos Madaleno, na conferencia de imprensa de apresentação do I Fórum Internacional do Peregrino que a Covilhã acolhe nos próximos dias 23, 24 e 25 de março.