Em comunicado publicado na sua página oficial na internet, o movimento refere que “foi com profunda consternação que os elementos do Movimento Idanha Viva tomaram conhecimento, através da Comunicação Social, do facto do Governo recuar na decisão anteriormente tomada e assumir agora a construção do IC31 em perfil de autoestrada” acrescentando que “o IC31, em nome de um modelo ultrapassado de progresso, é anunciado como uma forma de ligar e abrir o território, tornando-o mais permeável”, para defender que “em oposição a esta perspetiva, é convicção do Movimento Idanha Viva que a construção de uma via com semelhante porte e características apenas servirá para rasgar o Concelho de Idanha-a-Nova, um dos poucos em Portugal que não é fragmentado por grandes vias rodoviárias e que, também por essa razão, é único na sua riqueza natural, cultural e patrimonial”.
Para o movimento, o enorme potencial para o ecoturismo sustentável no concelho de Idanha-a-Nova “está agora ameaçado”.
“A construção daquela via irá contribuir para a delapidação do espaço natural, ao destruir e fragmentar a ecologia da região, levando ao desaparecimento de inúmeras espécies de fauna e flora de incalculável valor, incluindo espécies protegidas e em perigo, como o lobo ibérico e o lince ibérico, grandes áreas de florestas e habitats protegidos e prioritários de conservação, como os carvalhais de carvalho das beiras, sobreirais e azinhais, galerias ripícolas, entre outros”, sustenta.