A concelhia da Covilhã do PSD vem, em carta aberta, explicar as razões porque não foi possível estabelecer um entendimento pré eleitoral com o CDS/PP e com a Iniciativa Liberal, tendo em vista o estabelecimento de uma coligação para disputar as eleições autárquicas deste ano naquele concelho.
Nesta missiva, a concelhia do PSD refere que iniciou as conversações com o CDS/PP em Setembro do ano passado “onde ficou também decidido envolver o partido Iniciativa Liberal e o movimento Covilhã tem Força”. Nas reuniões subsequentes “o CDS e a IL mostram uma cumplicidade nas respostas” e chegou-se a Dezembro “sem a existência de um acordo em relação ao candidato nem à formação das listas, tendo o CDS sempre a querer impor a sua vontade e a Iniciativa Liberal a solicitar nomes de candidatos ao PSD, sem apresentar alternativas firmes”.
Para a comissão política “perante uma clara demonstração de reduzir o PSD da Covilhã pelo CDS e IL a um partido dependente destes e desvalorizar o trabalho efectuado ao longo dos anos” os social democratas afirmam que esta situação “não agradou à concelhia”, o que levou a que em reunião ordinária da concelhia, em Janeiro deste ano “fosse aprovado por unanimidade o nome de Jorge Simões”.
Uma proposta que foi apresentada a todas as outras forças políticas, tendo Jorge Simões marcado presença no encontro onde explicou “as vantagens de se manter a coligação e a importância na conquista dos objetivos pretendidos por todos os partidos ali representados. A Iniciativa Liberal não compareceu e o CDS solicitou o primeiro lugar para a lista da assembleia municipal e o segundo para a lista à câmara”.
Perante este cenário o PSD propôs “o segundo lugar, do sexo feminino, e sétimo para a lista ao Município” em como “o segundo, quarto e oitavo lugar para a lista da Assembleia Municipal”, pois a Iniciativa Liberal “efectuou um comunicado através da comunicação social de que não iria fazer parte da coligação, sem ter informado a comissão política do PSD directamente desta decisão”.
Posteriormente, foi a presidente da concelhia do CDS que “informou telefonicamente que a proposta do PSD não tinha sido aceite no plenário realizado pelo seu partido” e quando questionada pela presidente da comissão política do PSD se voltariam a reunir, respondeu que a partir daquele momento “cada uma seguiria o seu caminho”. Acrescentou ainda que “iria formalizar a decisão via email mas que nunca foi recebido”.
O PSD manifesta “profunda indignação diante da forma irresponsável e distorcida com que o CDS e IL veicularam informações sobre a negociação, que em abono da verdade não existiu, uma vez que estas forças políticas nunca estiveram realmente interessadas em encontrar uma solução conjunta, a respeitar a representatividade e peso político do PSD, tal como acontece a nível nacional, esquecendo que a sua sobrevivência a ele se deve”.
A concelhia social democrata acrescenta que as duas forças políticas “sempre transpareceram ser interlocutores de agendas próprias, daqueles que se lembram da Covilhã na hora de tirar partido de dividendos pessoais e políticos, que venham a sustentar projetos políticos futuros, legítimos certamente, mas que não constituem uma prioridade para a Covilhã e suas gentes”.
Ao apoiar a candidatura liderada por Jorge Simões, o PSD da Covilhã reafirma a sua confiança “enquanto força motriz de mudança e progresso” acreditando que o candidato escolhido “é a escolha certa para liderar um novo ciclo de crescimento e prosperidade para a Covilhã”.