É a primeira mulher a ocupar o cargo de Reitora na Universidade da Beira Interior. Só por isso, o dia 30 de junho de 2025 fica na história da UBI. Mas Ana Paula Duarte quer fazer história ao longo do mandato que agora inicia. Para isso promete uma liderança participada e partilhada e “uma UBI de e para as pessoas”.
Na cerimónia de tomada de posse, que encheu o grande auditório da Faculdade de Ciência da Saúde, Ana Paula Duarte recordou o seu percurso académico, feito na UBI “de desafios de diferentes naturezas”. Hoje, iniciou um novo desafio: ocupar um cargo que nunca tinha sido ocupado na história da Universidade da Beira Interior por uma mulher.
“Hoje, ao tomar posse, fazemos história. Queremos que seja uma história construída com igualdade de oportunidades, com inclusão, com mérito, com propósito único: sermos uma referência técnica e científica, mas também social e cultural, no país e no mundo.”
Afirmar a Universidade como um espaço “seguro, de liberdade, de diálogo, de construção de pontes, de inclusão e de integração” é outro dos desígnios da nova reitora que pretende ainda reforçar o caminho da UBI na internacionalização “é urgente reforçar este percurso, explorando novas áreas de cooperação, cimentando o contributo da UBI para a afirmação de uma comunidade académica cada vez mais global e cosmopolita.”
Ana Paula Duarte considera que este mandato é também o tempo para repensar o reforço da oferta de 2ºs e 3ºs ciclos, “permitindo, deste modo, uma oferta formativa mais interdisciplinar e adaptada às necessidades do mundo atual”. Segundo a reitora, existe margem para aumentar o número de estudantes, principalmente nestes ciclos de estudo e em cursos de formação ao longo da vida.”
A reitora da Universidade da Beira Interior comprometeu-se ainda com a necessidade de promover a estabilidade do corpo docente “combatendo a precariedade e fomentando a abertura progressiva de concursos para ingresso na carreira, valorizando o mérito e o percurso de cada docente, com reforço dos concursos de progressão na carreira, indo ao encontro do estipulado no ECDU.”
O reforço do Gabinete de Apoio à Investigação, Inovação e Desenvolvimento, “nomeadamente no suporte à atividade dos investigadores e unidades de I&D e à submissão de candidaturas a projetos de investigação nacionais e internacionais” foi outro dos compromissos assumidos por Ana Paula Duarte que quer uma universidade mais eficiente, “esta eficiência e a adoção de um modelo organizacional moderno estão diretamente associadas a uma aposta na comunicação interna, simples, objetiva e adaptada aos diversos públicos e plataformas ou canais de comunicação existentes.”
Sem esquecer a necessidade e continuar a renovação das infraestruturas, Ana Paula Duarte pretende aumentar as instalações da UBI, “com a construção de uma nova residência universitária, de um novo edifício centrado na inovação e empreendedorismo e de novos espaços de trabalho e estudo nas diversas faculdades.”
O subfinanciamento crónico a que a Instituição esteve sujeita nos últimos anos, também não foi esquecido, “mas ressalvo a necessidade de o poder político encarar as Universidades do interior como estruturas fundamentais para a coesão territorial. Exigimos igualdade de tratamento e o devido reconhecimento da importância e do trabalho que, diariamente, permite assegurar o funcionamento da UBI e de todo o cosmos que gravita em torno da instituição.”