As Adufeiras do Paúl (Covilhã) celebram 20 anos de existência e preparam duas residências artísticas neste ano de aniversário. A primeira já está a acontecer, desde esta sexta-feira e até domingo, 13 de julho de 2025, na vila do Pául.
Duas décadas depois de apresentarem o seu primeiro espectáculo etno-musical, intitulado “Canto(s) da Terra”, regressam ao palco do encontro Sons da Terra, que se realiza no Paúl, incluindo a residência artística de criação comunitária com três músicos convidados: a Teresa Campos, com a polifonia, o Juan de la Fuente, com a percussão, e o Tiago Candal, com o acordeão. Estão durante três dias pela ribeira do Paúl para criarem um espectáculo comunitário, com as adufeiras e alguns elementos de outros grupos nacionais, ligados à etnografia e ao património musical tradicional, que o grupo do paulense convidou a participar. O momento da partilha final acontece na tarde deste domingo, dia 13 de julho.
De acordo com as Adufeiras do Paúl, o Sons da Terra não é apenas um encontro sobre percussão e performance, como se celebra com a residência artística, mas também de poesia e paisagem, e por isso estão agendadas algumas actividades ligadas a estas duas temáticas: círculos de poesia, percursos pela paisagem, tertúlias sobre arte, cultura e património.
O programa deste ano é inspirado n’ “a gíria, a geada e a ginga”, que conta com o apoio da Casa do Povo do Paúl, que apoia a comissão que organiza este aniversário. A ela, junta-se a Junta de Freguesia do Paúl, a Câmara Municipal da Covilhã e a Fundação Inatel, que apoiam a iniciativa. Do conjunto de parceiros, fazem parte o Museu de Lanifícios, a Trans Húmus, o Cova da Beira Converge, a Ação Floresta Viva, a Paróquia do Paúl e o Ananda Kalyani.
Este domingo celebra-se também o encontro nacional anti-mineração, organizado com os parceiros Observatório dos Recursos Minerais e o Observatório Ibérico da Mineração. O dia começa com uma caminhada matinal pela paisagem da região e a reflexão sobre políticas extrativistas. É ainda neste último dia de encontro que se criará um feltro sólido, em formato tapete, com a colaboração de todas/os as/os que quiserem pisoar a lã, enquanto se canta e se dança em conjunto, enquanto se partilha a existência do colectivo.