O PSD da Covilhã vem, em comunicado, acusar de falta de moralidade a candidatura do Partido Socialista. Em causa a decisão do Tribunal Constitucional, que considerou inelegível a candidatura de Amândio Nunes, que ocupava o segundo lugar na lista de candidatos do PS à câmara de Castelo Branco, por não ter suspendido atempadamente as suas funções como coordenador municipal de protecção civil.
Os social democratas interrogam “se o Tribunal Constitucional aplicou esta norma em Castelo Branco, como pode haver dois pesos e duas medidas e como pode o PS da Covilhã apresentar candidatos que violam a lei com total impunidade”, sublinhando que Luís Marques, que integra a lista do PS à câmara da Covilhã, mantém funções como coordenador municipal de protecção civil, director do heliporto da Covilhã e comandante dos bombeiros voluntários.
Também João Marques, administrador da empresa «Águas da Covilhã» figura “em lugar elegível da lista socialista, sem que tenha formalizado atempadamente a suspensão das suas funções numa empresa municipal diretamente dependente da câmara”.
Para o PSD da Covilhã “esta não é apenas uma questão jurídica. É uma questão de moralidade política. O Partido Socialista da Covilhã brinca com a lei e ri-se dos cidadãos” acrescentando que “é uma candidatura que se apresenta de mãos limpas, mas que esconde candidatos agarrados a cargos, a poder e ao dinheiro desses cargos”.
Neste comunicado, os social democratas exigem “igualdade de critérios, transparência e respeito pelos cidadãos”, considerando que “a Covilhã não pode continuar a ser governada por quem coloca os seus interesses pessoais acima da lei e da confiança pública”.