Município de Penamacor emite um parecer desfavorável em sede de consulta publica à instalação do projeto da Central Solar Fotovoltaica Sophia.
Em comunicado, a autarquia de Penamacor justifica que o parecer desfavorável ao projeto da Central Solar Fotovoltaica Sophiam teve em conta inúmeras reuniões e diligências efetuadas, nomeadamente, com a empresa promotora do projeto, numa reunião que contou com a presença dos Presidentes da Junta de Freguesia de Penamacor e da União de Freguesias de Pedrógão de São Pedro e Bemposta, cujos territórios estão abrangidos pelo referido projeto.
Estas reuniões e diligências foram, ainda, efetuadas com várias pessoas, movimentos populares, Organizações Não Governamentais (ONG’s), Câmaras Municipais vizinhas, instituições públicas e Juntas de Freguesias locais, Direção- Geral de Energia e Geologia e CIMBB, “de forma a reunir informação essencial sobre o projeto e o seu impacto, promovendo a transparência e o diálogo entre todas as partes interessadas”, refere a edilidade.
A CM de Penamacor reitera que, sem descurar a importância da transição energética, da energia verde e de um futuro sustentável, reafirma “que esta deve ser realizada de forma equilibrada, reforçando o compromisso com o ordenamento do território, o ambiente, a biodiversidade e a qualidade de vida das populações locais e visitantes e entende defender, desta forma, a identidade do património paisagístico da região em que se insere”.
O executivo municipal destaca o seu compromisso com a transição energética, na aposta em energia verde e num futuro sustentável, “desde que este seja realizado de forma equilibrada, respeitando o ordenamento do território, o ambiente, a biodiversidade e a qualidade de vida das populações locais e visitantes”.
Um compromisso que, de acordo com a edilidade de Penamacor, está plasmado na recente instalação da Central Solar Fotovoltaica do Cabeço Vermelho no território concelhio, na instalação em curso da hibridização da Central da Senhora da Póvoa e na existência de três outros projetos para a instalação de centrais desta tipologia no concelho.
“Desta forma, o projeto do parque solar Sophia não pode ser analisado per si sem serem considerados os diversos impactos cumulativos de mais uma eventual instalação no território”, frisa.
Para a autarquia liderada por José Miguel Oliveira, o projeto coloca, igualmente, em causa parte da biodiversidade existente. “Num concelho com um património ambiental e paisagem natural invejáveis e face à dimensão do projeto, a instalação de uma central destas dimensões levará, inevitavelmente, a uma artificialização e degradação da paisagem, comprometendo a imagem de um território que tem o selo da Carta Europeia de Turismo Sustentável “Terras do Lince” e que abrange parte da Reserva Natural da Serra da Malcata”, aponta-
Considerando a importância do Turismo na dinâmica económica da região, a CMP defende que a instalação poderá apresentar-se como um fator inibitório para ações que se pudessem desenrolar na área de intervenção do parque.















