A bancada do movimento “Abraçar Penamacor” vem, em comunicado, manifestar a sua estupefacção com o voto contra da bancada do Partido Socialista à recomendação que foi reprovada na última reunião da assembleia municipal, que previa a elaboração dos instrumentos previstos ao abrigo do regime geral e prevenção da corrupção “ao qual estão vinculados todos os organismos públicos, incluindo as autarquias locais”.
De acordo com os eleitos do movimento “com o voto contra, para além de não validarem o cumprimento da lei, os membros da bancada do Partido Socialista na assembleia municipal de Penamacor deram igualmente um sinal claro do seu posicionamento relativamente à adopção de medidas de prevenção dos riscos de corrupção no município, o que é lamentável e muito preocupante”.
O movimento “Abraçar Penamacor” acrescenta que “se tais instrumentos existissem no município de Penamacor, poderiam ter prevenido as condutas que conduziram à condenação do vereador José António Ramos e às acusações proferidas pelo Ministério Público contra o presidente da câmara, bem como o relatório da inspecção geral de finanças, recentemente conhecido, e que envolve o presidente da junta de freguesia de Penamacor”.
Os eleitos do movimento afirmam que a elaborações dos instrumentos previstos no regime geral de prevenção de corrupção vão ter de ser adoptados e implementados no município “sob pena de incumprimento legal e considera “imperioso mudar a cultura que aceita como normais” este tipo de condutas que “não são aceitáveis para o cidadão comum e muito menos para os eleitos”.
Neste comunicado, a bancada do movimento “Abraçar Penamacor” lança ainda um apelo aos eleitos pelo PS para que “reequacionem os seus posicionamentos acríticos, o que os leva quase sistematicamente ao voto contra em todas as propostas, recomendações e moções apresentadas pela oposição, só porque são apresentadas pela oposição, mesmo aquelas que tem como único objectivo o cumprimento da lei”, acrescentando que “o reforço da ética e da transparência na acção política não pode depender de opções táticas duvidosas, mas sim assumido conscientemente como um imperativo crucial para o normal funcionamento da democracia”.