O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) estabeleceu um protocolo com a Câmara Distrital de Mé-Zóchi, em São Tomé e Príncipe, que visa atribuir vagas aos cidadãos daquela região que completem o ensino secundário. O documento foi assinado durante uma visita ao país africano, para reforçar e estabelecer novas formas de cooperação na área da educação.
Foram muitos os objetivos discutidos e pré-aprovados entre o IPCB e as diversas entidades públicas locais de São Tomé. Mas para já, o que ficou estabelecido foi um protocolo entre o politécnico e a Câmara Distrital de Mé-Zóchi que permite aos estudantes daquele distrito prosseguir os estudos superiores em Portugal. Fica acordado que o IPCB vai atribuir vagas aos cidadãos que completem o ensino secundário, indicados pela câmara distrital, que ingressem através do estatuto de estudante internacional nos cursos de licenciatura da instituição albicastrense.
Entretanto, ficou em aberto o alargamento do acordo a outros parceiros e entidades empresariais de São Tomé e Príncipe, dispostos a comparticipar ao aluno o valor da propina sempre que este se comprometa a regressar ao país de origem e a integrar a empresa assim que concluir a formação.
Durante a visita, o presidente e a vice-presidente do IPCB reuniram com outras entidades, como a direção-geral do Turismo e Hotelaria, onde se colocou a hipótese de formação prática de técnicos e a definição de vagas para alunos; com a direção-geral da cultura que surgiu a hipótese do Politécnico receber alunos são-tomenses no mestrado em Formação Musical e prestar apoio na criação de uma escola de arte naquele país.
Na Universidade de São Tomé e Príncipe, os objetivos pré-acordados contemplam a partilha das formas de apoio social existentes em Portugal, colaboração nas áreas do serviço social, ensino básico, desporto e energias renováveis, bem como o lançamento de uma licenciatura em Engenharia Civil e de um mestrado conjunto ligado às necessidades educativas especiais.